PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Malawi opõe-se à Líbia na presidência da UA
Blantyre- Malawi (PANA) -- O Presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, declarou que o seu país está apto para dirigir a União Africana e pronto para assumir a presidência da organização.
"A presidência da União Africana é rotativa", afirmou Mutharika aos jornalistas antes de rumar para Addis Abeba, na Etiópia, para participar na Cimeira durante a qual ele deverá ser designado para suceder ao líder líbio, Muamar Kadafi, na presidência da organização continental.
Ele declarou que "a região da África Austral através da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) apoia a candidatura do Malawi e esperamos que assim seja".
A declaração de Mutharika ocorreu num contexto de querelas diplomáticas sobre a presidência com tentativas manifestas de prolongar o mandato do líder líbio à frente da organização.
Os apoiantes do líder líbio, entre os quais o seu aliado do norte, a Tunísia, alegam que a presidência da União Africana - confrontada com um défice de um bilião e 300 milhões de dólares americanos para os seus programas - necessita dum presidente financeiramente estável como Kadafi.
Kadafi teria financiado alguns programas da União Africana.
Contudo, sem mencionar o eventual incidente diplomático, Mutharika declarou que o Malawi está pronto para assumir a presidência para a África Austral depois da vez do leste, do oeste e agora da África do Norte.
Declarou que durante o seu mandato ele vai priorizar a segurança alimentar.
"Desejamos garantir uma auto-suficiência alimentar para África", declarou o Presidente malawí, antes de prosseguir que o seu país produz actualmente os seus alimentos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Malawi, Etta Banda, fazendo alusão à luta pela presidência, declarou que o Malawi tinha, "apesar da sua pequena superfície", tudo o que é preciso para dirigir a UA.
No seio da SADC, o Malawi estava em competição com o Lesoto para a presidência da organização, mas ele ganhou a preferência dos 14 membros da organização sub-regional.
A maioria dos líderes africanos preferem a manutenção do statu quo com a presidência rotativa.
Contudo, analistas declararam que se Kadafi deseja prolongar o seu mandato a Líbia deverá utilizar os seus meios financeiros para influenciar os Presidentes a apoiar o seu prolongamento.
Um alto diplomata malawí próximo do Presidente Mutharika declarou que o Malawi não vai abandonar, embora "pensemos que vamos brandir uma ameaça".
"Acreditamos que é um posto para o qual não deveríamos bater-nos", revelou um diplomata sob anonimato.
"Mantemos boas relações com a Líbia.
Não é uma luta entre Lilongwe e Tripoli.
É apenas a vez da África Austral", adiantou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UA mantêm encontros para finalizar a agenda da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo prevista para este fim-de- semana.
"A presidência da União Africana é rotativa", afirmou Mutharika aos jornalistas antes de rumar para Addis Abeba, na Etiópia, para participar na Cimeira durante a qual ele deverá ser designado para suceder ao líder líbio, Muamar Kadafi, na presidência da organização continental.
Ele declarou que "a região da África Austral através da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) apoia a candidatura do Malawi e esperamos que assim seja".
A declaração de Mutharika ocorreu num contexto de querelas diplomáticas sobre a presidência com tentativas manifestas de prolongar o mandato do líder líbio à frente da organização.
Os apoiantes do líder líbio, entre os quais o seu aliado do norte, a Tunísia, alegam que a presidência da União Africana - confrontada com um défice de um bilião e 300 milhões de dólares americanos para os seus programas - necessita dum presidente financeiramente estável como Kadafi.
Kadafi teria financiado alguns programas da União Africana.
Contudo, sem mencionar o eventual incidente diplomático, Mutharika declarou que o Malawi está pronto para assumir a presidência para a África Austral depois da vez do leste, do oeste e agora da África do Norte.
Declarou que durante o seu mandato ele vai priorizar a segurança alimentar.
"Desejamos garantir uma auto-suficiência alimentar para África", declarou o Presidente malawí, antes de prosseguir que o seu país produz actualmente os seus alimentos.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Malawi, Etta Banda, fazendo alusão à luta pela presidência, declarou que o Malawi tinha, "apesar da sua pequena superfície", tudo o que é preciso para dirigir a UA.
No seio da SADC, o Malawi estava em competição com o Lesoto para a presidência da organização, mas ele ganhou a preferência dos 14 membros da organização sub-regional.
A maioria dos líderes africanos preferem a manutenção do statu quo com a presidência rotativa.
Contudo, analistas declararam que se Kadafi deseja prolongar o seu mandato a Líbia deverá utilizar os seus meios financeiros para influenciar os Presidentes a apoiar o seu prolongamento.
Um alto diplomata malawí próximo do Presidente Mutharika declarou que o Malawi não vai abandonar, embora "pensemos que vamos brandir uma ameaça".
"Acreditamos que é um posto para o qual não deveríamos bater-nos", revelou um diplomata sob anonimato.
"Mantemos boas relações com a Líbia.
Não é uma luta entre Lilongwe e Tripoli.
É apenas a vez da África Austral", adiantou.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UA mantêm encontros para finalizar a agenda da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo prevista para este fim-de- semana.