Joselaica e Micael, vencedores do concurso musical Vozes D´Obô em São Tomé
São Tomé, São Tomé e Príncipe- (PANA) - Joselaica das Neves e Micael Lima, foram os vencedores do concurso musical Vozes D´Obô, na gala final que teve lugar este fim de semana no Palácio dos Congressos.
“Hoje é o dia mais feliz da minha vida, o sonho que tanto almejei (…) graças a deus que tudo deu certo, disse Joselaica das Neves, a voz feminina que cantou e encantou o publico e os júris do concurso.
O concurso que valorizou a preservação das línguas maternas, forro, anguenê, lunguiê, crioulo forro, teve como condão a interpretação das canções dos anos 80.
“As músicas não eram escolhidas por nós eram s por rifa (…). Eu qualquer música que escolherem para mim eu bato (…) dizer que isto não é talento é um don,” garantiu empolgado Micael Lima, após ter recebido o galardão máximo do concurso.
Dedicou o premio a esposa Hilaria Lima e a filha, e prometeu reverter o premio prol do desenvolvimento da escola que pretende desenvolver.
Já Joselaica das Neves outra vencedora na categoria feminino, disse que” não esperava pelo resultado” conta que “acordei com boa disposição, mas no final deu tudo certo.”
Das Neves, que na gala final do Vozes D´Obô, interpretou músicas do cantor “Leu Boca Copo” e promete continuar a trabalhar para tornar-se numa cantora de referência em São Tomé e Príncipe.
Os vencedores levaram para casa como premio mil e 200 euros, uma estatueta, o galardão máximo e serão agenciados pela On-Time Entretenimento e a gravação de três vídeos clipes.
Foram dois meses de trabalho, um tempo considerado curto, para Filipe Santos, músico são-tomense radico em Londres que abraçou o projeto. Para além de fazer parte da banda que atuou ao vivo no concurso, foi orientador dos jovens e fez parte da equipa de seleção.
“Nós criamos uma certa familiaridade, até porque se pudéssemos passavam todos. Só que temos que filtrar. Foi um final feliz todos estão de parabéns” indicou, Santos que considera que o projeto desta natureza não deve continuar.
“Descobrimos talentos que não são poucos. Eu faço apelo que se continue que geremos mais atividade do género para que se consiga identificar vozes, valores que temos cá ao nível de São Tomé e Príncipe”.
Filipe Santos disse que deixa o País com sentimento de dever cumprido “eu pessoalmente sabia que nós temos muitos bons talentos (…). Mas não estava a espera de tantos. Saio deste missão com o dever cumprido.”
Filipe Santos, atou no Vozes D´Obô, em que marcaram presença centenas de espectadores.
Gilberto Gil Umbelina, igualmente natural da ilha do Príncipe, um dos três membros do júri do concurso, que também atou no espetáculo na gala final do Vozes D´Obô, reconhece que “a ilha é um celeiro de talentos.”
“Durante os anos que estive fora eu não sabia que havia tantas miúdas e rapazes a cantar e também a tocarem violão. Estou muito feliz é bom haja mais iniciativas desta natureza” confessa.
"Vozes D´Obô" foi produzido no âmbito do programa Pró Cultura, financiado pela União Europeia e gerido pelo Instituto Camões e pelas redes das embaixadas da União Europeia com o financiamento direto no valor de 20.000 euros.
“Este foi o primeiro ensaio de aprendizagem. Vamos melhorar e encontrar mecanismos de apoio que permitam promover este tipo de iniciativa, de ponto de vista comercial”, afirmou Luisélio Pinto, um dos três mentores do projeto musical vozes D´Obô.
-0-PANA RMG/DD 17maio2022