PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Empresário sul-africano pede desculpas por discurso racista
Joanesburgo, África do Sul (PANA) - Um empresário sul-africano que suscitou ira nacional por causa de um vídeo racista que ele postou nas redes sociais durante férias na Europa pediu desculpas formais nesta sexta-feira.
O empresário de Joanesburgo Adam Catzavelos disse que percebeu, mais tarde, que o vídeo foi "impensado e insensível".
“É difícil colocar em palavras o que eu quero dizer e, genuinamente, peço desculpas. Eu não espero que as pessoas me perdoem, mas vou passar o resto da minha vida a arrepender-me e a tentar reparar a minha total falta de respeito e juízo", disse.
Catzavelos tirou um “selfie” numa praia na Grécia, onde ele expressava sua alegria pelo facto de não haver pessoas negras por perto.
"Vou dar-lhe uma previsão do tempo. Céu azul, lindo dia, mar maravilhoso e nenhum kaffir à vista. Não há melhor que isso”, afirmou no seu videoclipe.
A palavra “kaffir” é a mais odiada ofensa racial na África do Sul e os tribunais já proferiram pesadas sentenças quando os perpetradores foram condenados.
A lei define o crime de injúria como “uma lesão intencional à dignidade de alguém, causada pelo uso de linguagem ou gesto obsceno ou racialmente ofensivo”.
O vídeo tornou-se viral e houve uma enorme repercussão. A Comissão de Direitos Humanos da África do Sul recebeu várias queixas e os defensores da liberdade económica lançaram acusações criminais contra o seu autor.
A família de Catzavelos anunciou que ele havia sido demitido da empresa familiar, a St. George's Fine Foods, e a sofisticada escola de Joanesburgo, onde os seus filhos estudam, determinou que ele estava proibido de entrar no seu recinto.
O escândalo chegou a afetar a Nike África do Sul depois que as pessoas ficaram a saber que a esposa de Catzavelos trabalha para a empresa.
A marca desportiva teve de fechar várias das suas lojas em Joanesburgo, receando que elas pudessem ser alvo de assaltos por manifestantes.
"A Nike opõe-se à discriminação e tem um compromisso de longa data com a diversidade, a inclusão e o respeito. Acreditamos no poder do potencial humano em todos - de todas as raças, religião, nacionalidade, género e orientação sexual. Também podemos confirmar que Adam Catzavelos não é um funcionário da Nike", indicou a empresa num comunicado.
-0- PANA CU/MA/IZ 24agosto2018
O empresário de Joanesburgo Adam Catzavelos disse que percebeu, mais tarde, que o vídeo foi "impensado e insensível".
“É difícil colocar em palavras o que eu quero dizer e, genuinamente, peço desculpas. Eu não espero que as pessoas me perdoem, mas vou passar o resto da minha vida a arrepender-me e a tentar reparar a minha total falta de respeito e juízo", disse.
Catzavelos tirou um “selfie” numa praia na Grécia, onde ele expressava sua alegria pelo facto de não haver pessoas negras por perto.
"Vou dar-lhe uma previsão do tempo. Céu azul, lindo dia, mar maravilhoso e nenhum kaffir à vista. Não há melhor que isso”, afirmou no seu videoclipe.
A palavra “kaffir” é a mais odiada ofensa racial na África do Sul e os tribunais já proferiram pesadas sentenças quando os perpetradores foram condenados.
A lei define o crime de injúria como “uma lesão intencional à dignidade de alguém, causada pelo uso de linguagem ou gesto obsceno ou racialmente ofensivo”.
O vídeo tornou-se viral e houve uma enorme repercussão. A Comissão de Direitos Humanos da África do Sul recebeu várias queixas e os defensores da liberdade económica lançaram acusações criminais contra o seu autor.
A família de Catzavelos anunciou que ele havia sido demitido da empresa familiar, a St. George's Fine Foods, e a sofisticada escola de Joanesburgo, onde os seus filhos estudam, determinou que ele estava proibido de entrar no seu recinto.
O escândalo chegou a afetar a Nike África do Sul depois que as pessoas ficaram a saber que a esposa de Catzavelos trabalha para a empresa.
A marca desportiva teve de fechar várias das suas lojas em Joanesburgo, receando que elas pudessem ser alvo de assaltos por manifestantes.
"A Nike opõe-se à discriminação e tem um compromisso de longa data com a diversidade, a inclusão e o respeito. Acreditamos no poder do potencial humano em todos - de todas as raças, religião, nacionalidade, género e orientação sexual. Também podemos confirmar que Adam Catzavelos não é um funcionário da Nike", indicou a empresa num comunicado.
-0- PANA CU/MA/IZ 24agosto2018