Congo, Gana, Níger, Uganda e Senegal juntos na luta contra falsos medicamentos em África

Lomé, Togo (PANA)- O Congo, o Gana, o Níger, o Uganda, o Senegal e o Togo comprometeram-se a lutar contra falsos medicamentos, constatou a PANA no local.

 Para o efeito, eles assinaram sábado último em Lomé, a "Declaração de Lomé" sobre o fenómeno.

Ao ler esta declaração, o ministro togolês da Saúde, Mustapha Mijayawa, denuncou a distribuição, comercialização e tráfico dos falsos medicamentos, que causam a morte de populações, incluindo crianças, no continente africano.

Deplorou a ausência de penalização desta prática e os lucros de que usufruem traficantes destes produtos, que, de ricochete, fomentam o terrorismo.

A Declaração de Lomé criminaliza o tráfico por meio de um duro arsenal jurídico dos países envolvidos e promete melhorar o acesso das populações aos medicamentos de qualidade.

Esta iniciativa de Lomé visa, além disso, incitar outros países do continente a internacionalizar a luta através duma sinergia de ações no continente inteiro.

Por sua vez, o chefe do Estado togolês e o anfitrião da cimeira, Faure Gnassingbé, salientou  a importância deste combate para garantir uma saúde e um bem-estar às crianças do continente africano.

O seu homólogo senegalês, Macky Sall, disse ver, neste tráfico, uma “economia fraudulenta nociva à saúde."

Para Yoweri Museveni, Presidente do Uganda,  presente na cimeira, depois da luta para as independências em África, uma outra luta impõe-se contra falsos medicamentos.

Apelou aos seus pares para serem  solidários nesta empreitada.

Vários responsáveis de instituições internacionais, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), optaram para ações concertadas e parcerias técnicas para enfrentarem o desafio.

Organizado pela Fundação Brazzaville, a cimeira sobre falsos medicamentos tenciona travar um combate contra este fenómeno que mata, na sombra, crianças, jovens e adultos, e favorece o enriquecimento de grupos de terroristas que pululam no continente.

Para esta cimeira, sós dois chefes de Estado fizeram a viagem para Lomé, precisamente  Yoweri Museveni e Macky Sall, além do seu homólogo togolês, Faure Essozimna Gnassingbé.

Esperados no evento, os Presidentes do Congo, Denis Sassou Nguesso, do Gana, Nana Akufo-Addo, e do Níger, Mahamadou Issoufou, fizeram-se representar pelos seus respetivos ministros da Saúde.

-0- PANA FAA/JSG/SOC/MAR/DD 19jan2020