PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Comissão da UA optimista sobre formação de governo continental
Addis Abeba- Etiópia (PANA) -- A cimeira da União Africana (UA) que começa terça-feira próxima na capital etíope, Addis Abeba, poderá culminar na formação de um governo federal africano após meio século de debate, admitiu quinta-feira o presidente da Comissão da UA, Jean Ping.
Em declarações à PANA, Jean Ping disse esperar que os dirigentes africanos "tomem provavelmente uma decisão final" sobre a questão após vários debates que motivaram a criação da Organização de Unidade Africana (OUA) em 1963.
Segundo Ping, trata-se de uma cimeira ordinária em que será tomado e concluído "um pacote de decisões críticas" pelos estadistas do continente negro.
Durante o encontro, os líderes africanos abordarão a questão da formação de um governo continental que foi o sonho dos fundadores do projecto panafricanista com o objectivo ambicioso de unir o continente e partilhar as suas riquezas de forma equitativa para o benefício dos seus habitantes.
A professora Wangari Maathai, Prémio Nobel da paz em 2004 (graças às suas acções em prol da preservação do clima), declarou também à PANA que a formação de um governo federal africano era uma excelente coisa para o ambiente em África, pois, disse, poderá valorizar mais os produtos africanos.
"Devemos abandonar a política do medo e unir os Africanos à volta de objectivos comuns.
Este governo continental deverá preservar as florestas de África e dar aos países africanos uma oportunidade para promover o valor dos seus recursos naturais e cessar a utilização incontrolada dos seus recursos florestais", disse.
Pelo menos 20 Estados africanos aprovam a criação do governo federal africano, enquanto oito outros concordam com o princípio mas preferem uma integração progressiva.
A Líbia, principal promotora do conceito de governo continental, considera demasiado lenta a ideia de "avançar por etapas".
Entre os defensores do princípio da integração progressiva, destacam- se a maior parte dos Estados da África Austral apoiados, entretanto, por alguns outros nas demais regiões geográficas do continente, como a Nigéria e Cabo Verde, todos da África Ocidental.
"Não poderemos realizar a nossa ambição, mesmo para os defensores desta ideia.
Finalmente, teremos que escolher uma solução intermediária o que sem dúvida não será benéfica para ambas as partes", declarou um diplomata namibiano sob o anonimato.
Segundo a mesma fonte, a Comissão da União Africana (CUA) deve contentar-se com o estatuto que os Estados africanos e os blocos económicos regionais lhe conferem enquanto autoridade central em questões relativas a África e ao papel de coordenação que desempenha actualmente nos assuntos africanos.
Falando na véspera da cimeira, Jean Ping disse que a CUA estava pronta para passar das palavas à acção após vários anos de discursos.
A cimeira durará três dias e pelo menos um dia será consagrado às reflexões sobre a formação do governo continental, declarou Ping terça-feira última à imprensa.
Em declarações à PANA, Jean Ping disse esperar que os dirigentes africanos "tomem provavelmente uma decisão final" sobre a questão após vários debates que motivaram a criação da Organização de Unidade Africana (OUA) em 1963.
Segundo Ping, trata-se de uma cimeira ordinária em que será tomado e concluído "um pacote de decisões críticas" pelos estadistas do continente negro.
Durante o encontro, os líderes africanos abordarão a questão da formação de um governo continental que foi o sonho dos fundadores do projecto panafricanista com o objectivo ambicioso de unir o continente e partilhar as suas riquezas de forma equitativa para o benefício dos seus habitantes.
A professora Wangari Maathai, Prémio Nobel da paz em 2004 (graças às suas acções em prol da preservação do clima), declarou também à PANA que a formação de um governo federal africano era uma excelente coisa para o ambiente em África, pois, disse, poderá valorizar mais os produtos africanos.
"Devemos abandonar a política do medo e unir os Africanos à volta de objectivos comuns.
Este governo continental deverá preservar as florestas de África e dar aos países africanos uma oportunidade para promover o valor dos seus recursos naturais e cessar a utilização incontrolada dos seus recursos florestais", disse.
Pelo menos 20 Estados africanos aprovam a criação do governo federal africano, enquanto oito outros concordam com o princípio mas preferem uma integração progressiva.
A Líbia, principal promotora do conceito de governo continental, considera demasiado lenta a ideia de "avançar por etapas".
Entre os defensores do princípio da integração progressiva, destacam- se a maior parte dos Estados da África Austral apoiados, entretanto, por alguns outros nas demais regiões geográficas do continente, como a Nigéria e Cabo Verde, todos da África Ocidental.
"Não poderemos realizar a nossa ambição, mesmo para os defensores desta ideia.
Finalmente, teremos que escolher uma solução intermediária o que sem dúvida não será benéfica para ambas as partes", declarou um diplomata namibiano sob o anonimato.
Segundo a mesma fonte, a Comissão da União Africana (CUA) deve contentar-se com o estatuto que os Estados africanos e os blocos económicos regionais lhe conferem enquanto autoridade central em questões relativas a África e ao papel de coordenação que desempenha actualmente nos assuntos africanos.
Falando na véspera da cimeira, Jean Ping disse que a CUA estava pronta para passar das palavas à acção após vários anos de discursos.
A cimeira durará três dias e pelo menos um dia será consagrado às reflexões sobre a formação do governo continental, declarou Ping terça-feira última à imprensa.