PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Brasil reafirma apoio à "revolução verde" em África
Sirtes (Líbia) -- O Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, reiterou em Sirtes (Líbia), o compromisso do seu Governo de ajudar África a promover a sua própria “revolução verde” para relançar a sua produtividade agrícola e a segurança alimentar.
O estadista brasileiro falava na abertura, quarta-feira, da XIII Sessão Ordinária da Cimeira dos chefes de Estado e de Governo africanos que decorre até 3 de Julho corrente e em que ele participa como convidado de honra.
Lula da Silva disse que foi com este objectivo de ajudar a promover a revolução verde em África que o seu país abriu recentemente no Gana um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que, segundo ele, fez do Brasil uma potência agrícola mundial.
O Presidente brasileiro declarou-se esperançado de que a Embrapa poderá reproduzir na savana africana a mesma transformação tecnológica e de produtividade que realizou no cerrado brasileiro.
“Essa revolução não se faz sem a agricultura familiar e a geração de emprego e renda no campo.
A experiência brasileira demonstra que a produtividade da pequena agricultura e a sustentabilidade da produção de alimentos são fundamentais para erradicar a fome”, afirmou.
Na visão de Lula da Silva, investimentos em agricultura que gerem emprego são a melhor forma de garantir vida digna aos cidadãos.
A este propósito, referiu-se ao fenómeno da emigração clandestina que afecta os jovens africanos, indicando que “não se pode considerar a problemática das migrações sem examinar os seus condicionantes socioeconómicos porque, disse, “é gerando oportunidades de trabalho decente que poderemos mitigar os seus aspectos conflitivos”.
Acrescentou que a bioenergia “é outra revolução que podemos realizar juntos” na medida em que a produção e o consumo de biocombustíveis dentro de padrões sociais e ambientais criteriosos “trarão benefícios exponenciais para os países e povos africanos”.
Por essa razão, disse ter encomendado estudos para a instalação em África de uma unidade produtiva de cana-de-acúcar, articulada a uma fábrica experimental de etanol.
Exprimiu igualmente a sua convicção de que investimentos em tecnologia e gestão “são também a melhor resposta para enfrentarmos a competição desleal dos subsídios dos países ricos”.
Neste contexto, lembrou que o seu país está a implantar no Mali uma fazenda- modelo de produção de algodão para capacitar pesquisadores locais assim como os do Burkina Faso, do Tchad e do Benin.
De acordo com ele, estes quatro países africanos são os que mais sofrem com a “concorrência predatória” das subvenções agrícolas do Ocidente, e o Brasil tenciona estender a sua iniciativa maliana a outros países africanos.
A XIII Cimeira da União Africana (UA) em Sirtes, centro da Líbia, decorre sob o lema “Investir na Agricultura para Alcançar o Crescimento Económico e a Segurança Alimentar”.
A consagração desta conferência ao debate sobre a agricultura foi decidida numa das cimeiras anteriores da UA, realizada de 30 de Junho a 1 de Julho de 2008, na cidade balnear egípcia de Charm El-Cheikh.
Na altura, os chefes de Estado africanos reunidos na sua XI Sessão Ordinária comprometeram-se a tomar medidas para aliviar os sofrimentos provocados às populações pela subida dos preços alimentares no mercado mundial.
Tais medidas, segundo a Declaração de Charm El-Cheikh, compreendem nomeadamente o reforço do desenvolvimento agrícola e outros programas virados para a eliminação da fome e a redução para metade do número de pessoas desnutridas em África até 2015.
Na sequência desta decisão, os ministros africanos da Agricultura adoptaram no ano seguinte uma estratégia de “Revolução Verde Africana (AGRA, sigla em inglês) como mecanismo para ajudar a relançar a produtividade agrícola e a produção e a segurança alimentares no continente.
A AGRA foi adoptada durante uma conferência decorrida de 9 a 10 de Fevereiro de 2009 na capital namibiana, Windhoek.
O estadista brasileiro falava na abertura, quarta-feira, da XIII Sessão Ordinária da Cimeira dos chefes de Estado e de Governo africanos que decorre até 3 de Julho corrente e em que ele participa como convidado de honra.
Lula da Silva disse que foi com este objectivo de ajudar a promover a revolução verde em África que o seu país abriu recentemente no Gana um escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que, segundo ele, fez do Brasil uma potência agrícola mundial.
O Presidente brasileiro declarou-se esperançado de que a Embrapa poderá reproduzir na savana africana a mesma transformação tecnológica e de produtividade que realizou no cerrado brasileiro.
“Essa revolução não se faz sem a agricultura familiar e a geração de emprego e renda no campo.
A experiência brasileira demonstra que a produtividade da pequena agricultura e a sustentabilidade da produção de alimentos são fundamentais para erradicar a fome”, afirmou.
Na visão de Lula da Silva, investimentos em agricultura que gerem emprego são a melhor forma de garantir vida digna aos cidadãos.
A este propósito, referiu-se ao fenómeno da emigração clandestina que afecta os jovens africanos, indicando que “não se pode considerar a problemática das migrações sem examinar os seus condicionantes socioeconómicos porque, disse, “é gerando oportunidades de trabalho decente que poderemos mitigar os seus aspectos conflitivos”.
Acrescentou que a bioenergia “é outra revolução que podemos realizar juntos” na medida em que a produção e o consumo de biocombustíveis dentro de padrões sociais e ambientais criteriosos “trarão benefícios exponenciais para os países e povos africanos”.
Por essa razão, disse ter encomendado estudos para a instalação em África de uma unidade produtiva de cana-de-acúcar, articulada a uma fábrica experimental de etanol.
Exprimiu igualmente a sua convicção de que investimentos em tecnologia e gestão “são também a melhor resposta para enfrentarmos a competição desleal dos subsídios dos países ricos”.
Neste contexto, lembrou que o seu país está a implantar no Mali uma fazenda- modelo de produção de algodão para capacitar pesquisadores locais assim como os do Burkina Faso, do Tchad e do Benin.
De acordo com ele, estes quatro países africanos são os que mais sofrem com a “concorrência predatória” das subvenções agrícolas do Ocidente, e o Brasil tenciona estender a sua iniciativa maliana a outros países africanos.
A XIII Cimeira da União Africana (UA) em Sirtes, centro da Líbia, decorre sob o lema “Investir na Agricultura para Alcançar o Crescimento Económico e a Segurança Alimentar”.
A consagração desta conferência ao debate sobre a agricultura foi decidida numa das cimeiras anteriores da UA, realizada de 30 de Junho a 1 de Julho de 2008, na cidade balnear egípcia de Charm El-Cheikh.
Na altura, os chefes de Estado africanos reunidos na sua XI Sessão Ordinária comprometeram-se a tomar medidas para aliviar os sofrimentos provocados às populações pela subida dos preços alimentares no mercado mundial.
Tais medidas, segundo a Declaração de Charm El-Cheikh, compreendem nomeadamente o reforço do desenvolvimento agrícola e outros programas virados para a eliminação da fome e a redução para metade do número de pessoas desnutridas em África até 2015.
Na sequência desta decisão, os ministros africanos da Agricultura adoptaram no ano seguinte uma estratégia de “Revolução Verde Africana (AGRA, sigla em inglês) como mecanismo para ajudar a relançar a produtividade agrícola e a produção e a segurança alimentares no continente.
A AGRA foi adoptada durante uma conferência decorrida de 9 a 10 de Fevereiro de 2009 na capital namibiana, Windhoek.