PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África continente menos poluído no mundo
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – África é o continente menos poluído do mundo, mas paga um pesado tributo devido aos efeitos das mudanças climáticas que correm o risco de paralisar todas as áreas do desenvolvimento se nada for feito para melhorar os dados atuais.
Esta constatação foi feita pelos participantes – decisores, peritos, cientistas, representantes de ONG ou parceiros técnicos – na 3ª Conferência sobre Mudanças Climáticas em África (CCDA-III) que decorre desde segunda-feira em Addis Abeba, na Etiópia.
Os participantes estão convencidos de que o grau de poluição de África é inferior ao dos países industrializados, mas os efeitos do fenómeno anunciam-se mais catastróficos no continente do que em outro lugar do planeta.
Segundo os estudos recentes citados durante o encontro, o custo das incidências económicas das mudanças climáticas sobre África poderá ser estimado entre 1,5 porcento e 3 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030.
As incidências económicas das mudanças climáticas serão provavelmente muito mais fortes em África do que em outras regiões do mundo. Elas deverão ser consideradas a curto prazo.
Apesar de África contribuir menos do que os outros continentes para as mudanças climáticas, ela sofre mais do que os outros os custos e está mais vulnerável aos seus efeitos.
No plano económico, estima-se em 40 biliões de dólares americanos anuais o custo das mudanças climáticas sobre África, correspondendo a 3 porcento do seu PIB.
Estes efeitos poderão anular os esforços com vista a reduzir a pobreza, a reforçar o acesso à água e a serviços energéticos modernos, a desenvolver as infraestruturas e a reforçar a produtividade agrícola para satisfazer as necessidades de uma população crescente.
"Se não atenuarmos as causas das mudanças climáticas e se não nos adaptarmos ao seu impacto inevitável, o desenvolvimento geral de África e o seu bom desempenho económico atual correm o risco de constituir retrocessos importantes", advertiram os participantes.
Para o Secretário Executivo da Comissão Económica para África (CEA), Carlos Lopes, "África é tida como a região do mundo que menos prejudica o clima. É um continente verde, não necessariamente de cor, mas de comportamento".
"As suas emissões de gases carbónicos por habitante são inferiores a uma tonelada por ano. Ela contribui para 2,4 porcento apenas das emissões mundiais. No entanto, o peso das mudanças climáticas, estimado em porcentagem do PIB, é mais elevado em África do que em qualquer outro lugar do mundo", lamentou.
O presidente do Conselho Regional para África da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Mamadou Lamine Bah, é da mesma opinião.
Segundo ele, "África é o continente mais vulnerável e é preciso tomar disposições sem tardar para que as populações não sejam mais vítimas".
"Apesar de poluirmos menos de 2 porcento, uma tonelada por habitante, é África que sofre as consequências, sobretudo as mais dramáticas, as inundações na África Austral, as epidemias de meningite na cintura saheliana, a seca no Corno de África ou em outros lugares, sem falar das tempestades de poeira que provêm do Norte. É preciso tomar disposições", afirmou.
Iniciada segunda-feira, a conferência que finda quarta-feira é organizada sob os auspícios do Programa sobre Clima e Desenvolvimento em África (ClimDev-Afrique), criado conjuntamente pela Comissão da União Africana, pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O encontro oferece aos autores chaves a oportunidade de discutir sobre o desenvolvimento de África e a mudança climática.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CJB/TON 23out2013
Esta constatação foi feita pelos participantes – decisores, peritos, cientistas, representantes de ONG ou parceiros técnicos – na 3ª Conferência sobre Mudanças Climáticas em África (CCDA-III) que decorre desde segunda-feira em Addis Abeba, na Etiópia.
Os participantes estão convencidos de que o grau de poluição de África é inferior ao dos países industrializados, mas os efeitos do fenómeno anunciam-se mais catastróficos no continente do que em outro lugar do planeta.
Segundo os estudos recentes citados durante o encontro, o custo das incidências económicas das mudanças climáticas sobre África poderá ser estimado entre 1,5 porcento e 3 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030.
As incidências económicas das mudanças climáticas serão provavelmente muito mais fortes em África do que em outras regiões do mundo. Elas deverão ser consideradas a curto prazo.
Apesar de África contribuir menos do que os outros continentes para as mudanças climáticas, ela sofre mais do que os outros os custos e está mais vulnerável aos seus efeitos.
No plano económico, estima-se em 40 biliões de dólares americanos anuais o custo das mudanças climáticas sobre África, correspondendo a 3 porcento do seu PIB.
Estes efeitos poderão anular os esforços com vista a reduzir a pobreza, a reforçar o acesso à água e a serviços energéticos modernos, a desenvolver as infraestruturas e a reforçar a produtividade agrícola para satisfazer as necessidades de uma população crescente.
"Se não atenuarmos as causas das mudanças climáticas e se não nos adaptarmos ao seu impacto inevitável, o desenvolvimento geral de África e o seu bom desempenho económico atual correm o risco de constituir retrocessos importantes", advertiram os participantes.
Para o Secretário Executivo da Comissão Económica para África (CEA), Carlos Lopes, "África é tida como a região do mundo que menos prejudica o clima. É um continente verde, não necessariamente de cor, mas de comportamento".
"As suas emissões de gases carbónicos por habitante são inferiores a uma tonelada por ano. Ela contribui para 2,4 porcento apenas das emissões mundiais. No entanto, o peso das mudanças climáticas, estimado em porcentagem do PIB, é mais elevado em África do que em qualquer outro lugar do mundo", lamentou.
O presidente do Conselho Regional para África da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Mamadou Lamine Bah, é da mesma opinião.
Segundo ele, "África é o continente mais vulnerável e é preciso tomar disposições sem tardar para que as populações não sejam mais vítimas".
"Apesar de poluirmos menos de 2 porcento, uma tonelada por habitante, é África que sofre as consequências, sobretudo as mais dramáticas, as inundações na África Austral, as epidemias de meningite na cintura saheliana, a seca no Corno de África ou em outros lugares, sem falar das tempestades de poeira que provêm do Norte. É preciso tomar disposições", afirmou.
Iniciada segunda-feira, a conferência que finda quarta-feira é organizada sob os auspícios do Programa sobre Clima e Desenvolvimento em África (ClimDev-Afrique), criado conjuntamente pela Comissão da União Africana, pela Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA) e pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
O encontro oferece aos autores chaves a oportunidade de discutir sobre o desenvolvimento de África e a mudança climática.
-0- PANA IT/JSG/IBA/CJB/TON 23out2013