PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente angolano reafirma determinação de consolidar União Africana
Luanda, Angola (PANA) - O novo chefe de Estado angolano, João Lourenço, reafirmou segunda-feira o engajamento do seu país para com a União Africana (UA), prometendo contribuir para fazer desta "uma Instituição em que todos os povos africanos se revejam".
Na sua intervenção de estreia numa cimeira da UA, em Addis Abeba (Etiópia), João Lourenço
indicou que Angola vai contribuir "consoante as suas possibilidades" para fazer também da UA uma instituição que "responda com eficácia" aos anseios de todos os povos africanos.
Para o efeito, disse, "precisamos de dotá-la (UA) dos meios necessários, sendo fator determinante a vontade política de cada um de nós".
Lourenço aproveitou a ocasião desta sua primeira intervenção na sede da UA na qualidade de chefe de Estado para agradecer à organização pan-africana por ter testemunhado, através do envio de observadores eleitorais, a sua eleição à Presidência angolana, em agosto de 2018.
Ele explicou que, por ter sido uma das últimas colónias do continente africano a ascender à independência, o seu país "conhece de perto o sentido e o valor da solidariedade africana expressa, entre outros canais, através da nossa organização continental".
"Angola beneficiou desses valores morais que caraterizam os povos africanos nos momentos mais difíceis da sua história", disse, anotando que "foi com o mesmo espírito de solidariedade que o povo angolano estendeu, por sua vez, a mão aos nossos irmãos da África Austral na sua luta contra o colonialismo e o apartheid".
Depois dessa fase, lembrou, o continente africano enfrenta hoje outros desafios que vão desde os conflitos à pobreza e "outros fatores endógenos e exógenos que impactam o desenvolvimento e impedem os nossos povos de desfrutar as riquezas que abundam no nosso subsolo".
"Precisamos de alterar este quadro, bem como o olhar que o mundo tem hoje sobre o continente africano", exortou.
A este propósito, João Lourenço citou o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, que, ao descrever uma vez o continente africano, comparou África a um "corpo inerte, onde cada abutre vem debicar seu pedaço”.
"Demos até aqui passos significativos para mudar este quadro, embora restam ainda vestígios. Esses passos foram possíveis porque tomamos consciência das nossas responsabilidades como continente e da necessidade de definir as nossas próprias prioridades, bem como falar a uma só voz quando necessário", recordou.
No entanto, prosseguiu, "importa reforçarmos a nossa ação e adaptá-la às exigências da atual conjuntura internacional, incluindo no âmbito das parcerias que estabelecemos com o resto do mundo".
"Precisamos de imprimir uma nova dinâmica e introduzir métodos inovadores orientados para ações concretas, porque afinal temos a responsabilidade primária de transformar o nosso continente e corrigir assim o paradoxo africano que permanece inexplicável e intolerável, o de ser um continente rico em recursos naturais, mas assolado pela pobreza", sentenciou.
Para o novo chefe de Estado angolano, "esta situação requer de nós um sentido de missão, enaltecendo os valores de solidariedade que nortearam a ação dos países fundadores da Organização de Unidade Africana (OUA), hoje União Africana".
João Lourenço liderou a delegação do seu país à 30ª cimeira ordinária da UA que decorreu de 28 a 29 de janeiro corrente em Addis Abeba, capital etíope e sede da organização continental.
O novo Presidente angolano foi eleito a 23 de agosto passado, em substituição de José Eduardo dos Santos, que ficou no poder durante 38 anos.
-0- PANA IZ 30jan2017
Na sua intervenção de estreia numa cimeira da UA, em Addis Abeba (Etiópia), João Lourenço
indicou que Angola vai contribuir "consoante as suas possibilidades" para fazer também da UA uma instituição que "responda com eficácia" aos anseios de todos os povos africanos.
Para o efeito, disse, "precisamos de dotá-la (UA) dos meios necessários, sendo fator determinante a vontade política de cada um de nós".
Lourenço aproveitou a ocasião desta sua primeira intervenção na sede da UA na qualidade de chefe de Estado para agradecer à organização pan-africana por ter testemunhado, através do envio de observadores eleitorais, a sua eleição à Presidência angolana, em agosto de 2018.
Ele explicou que, por ter sido uma das últimas colónias do continente africano a ascender à independência, o seu país "conhece de perto o sentido e o valor da solidariedade africana expressa, entre outros canais, através da nossa organização continental".
"Angola beneficiou desses valores morais que caraterizam os povos africanos nos momentos mais difíceis da sua história", disse, anotando que "foi com o mesmo espírito de solidariedade que o povo angolano estendeu, por sua vez, a mão aos nossos irmãos da África Austral na sua luta contra o colonialismo e o apartheid".
Depois dessa fase, lembrou, o continente africano enfrenta hoje outros desafios que vão desde os conflitos à pobreza e "outros fatores endógenos e exógenos que impactam o desenvolvimento e impedem os nossos povos de desfrutar as riquezas que abundam no nosso subsolo".
"Precisamos de alterar este quadro, bem como o olhar que o mundo tem hoje sobre o continente africano", exortou.
A este propósito, João Lourenço citou o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, que, ao descrever uma vez o continente africano, comparou África a um "corpo inerte, onde cada abutre vem debicar seu pedaço”.
"Demos até aqui passos significativos para mudar este quadro, embora restam ainda vestígios. Esses passos foram possíveis porque tomamos consciência das nossas responsabilidades como continente e da necessidade de definir as nossas próprias prioridades, bem como falar a uma só voz quando necessário", recordou.
No entanto, prosseguiu, "importa reforçarmos a nossa ação e adaptá-la às exigências da atual conjuntura internacional, incluindo no âmbito das parcerias que estabelecemos com o resto do mundo".
"Precisamos de imprimir uma nova dinâmica e introduzir métodos inovadores orientados para ações concretas, porque afinal temos a responsabilidade primária de transformar o nosso continente e corrigir assim o paradoxo africano que permanece inexplicável e intolerável, o de ser um continente rico em recursos naturais, mas assolado pela pobreza", sentenciou.
Para o novo chefe de Estado angolano, "esta situação requer de nós um sentido de missão, enaltecendo os valores de solidariedade que nortearam a ação dos países fundadores da Organização de Unidade Africana (OUA), hoje União Africana".
João Lourenço liderou a delegação do seu país à 30ª cimeira ordinária da UA que decorreu de 28 a 29 de janeiro corrente em Addis Abeba, capital etíope e sede da organização continental.
O novo Presidente angolano foi eleito a 23 de agosto passado, em substituição de José Eduardo dos Santos, que ficou no poder durante 38 anos.
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