Agência Panafricana de Notícias

Nova presidente da CUA promete tornar mais eficaz e reativa a União Africana

Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A nova presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, declarou que a sua prioridade imediata será tornar a UA mais eficaz e reativa às necessidades das populações africanas.

Num longo discurso alusivo à sua investidura, na sede da UA em Addis Abeba, a ex-esposa do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, disse igualmente que a cooperação com os parceiros regionais e internacionais será igualmente prioritária.

Sublinhou a necessidade duma solidariedade continental e duma perserverância na via do renascimento africano para que "África veja a luz no fundo do túnel".

Ela ressaltou que África regista progressos com um crescimento económico notável, um reforço da segurança e uma presença maior na cena internacional.

Segundo ela, a África torna-se o polo de crescimento do mundo e o atual século é o do continente negro.

"Trabalharei para criar uma África que esteja em paz consigo mesma e com o mundo", assegurou Dlamini-Zuma após ter recebido o Ato Constitutivo e a bandeira da UA das mãos do seu antecessor, Jean Ping, simbolisando o seu emposse.

A Sul-Africana Nkosazana Dlamini-Zuma assumiu oficialmente a função de presidente da Comissão da União Africana (CUA), por um mandato de quatro anos, tornando-se a primeira mulher a dirigir esta instância pan-africana.

A cerimónia do seu empossamento decorreu na sede da UA em Addis Abeba, na Etiópia, na presença do Presidente Boni Yayi du Bénin, que assume a presidência rotativa da UA, do primeiro-ministro etíope, Hailemariam Dessalegn, do presidente cessante da CUA, Jean Ping. de diplomatas e de representantes de organizações internacionais e regionais.

"Aceito esta responsabilidade, encorajada pelas possibilidades e oportunidades de que o continente está cheio", respondeu Dlamini-Zuma ao seu predecessor.

Tomando a palavra por sua vez, Jean Ping disse deixar o lugar a uma grande dama, manifestando o seu otimismo porque "os assuntos do continente africano estão nas boas mãos".

Do seu lado, o primeiro-ministro etíope, Hailemariam, no seu primeiro discurso diante duma assembleia da UA, desde a sua tomada de poder, indicou que sob o reinado de Ping, a UA realizou progressos notáveis nas áreas da paz e da segurança.

"Em particular, desejo sublinhar a redução do número de conflitos no nosso continente exceto alguns focos de tensão aqui e acolá. Não duvido que Zuma se inspire nas realizações do seu predecessor", acrescentou.

Antes da sua eleição à frente da CUA em julho último, Dlamini-Zuma era ministra do Interior da África do Sul, depois de ter sido ministra da Saúde e ministra dos Negócios Estrangeiros.

Ela conhece igualmente o funcionamento da UA por ter participado em várias reuniões sobre a paz e o desenvolvimento na época da extinta a Organização da Unidade Africana (OUA).

Dlamini-Zuma encontra-se em Addis-Abeba numa altura em que a UA celebra o seu 10º aniversário, que marca igualmente o 50º aniversário da criação da OUA.

A CUA é a secretaria da UA encarregue das suas funções executivas.

Ela é integrada por 10 oficiais, designadamente um presidente, um vice-presidente e oito comissários encarregues da Paz e da Segurança, dos Assuntos Políticos, do Comércio e da Indústria, das Infraestruturas e da Energia, dos Assuntos Sociais, da Economia Rural e da Agricultura, dos Recursos Humanos, das Ciências e Tecnologia, bem como dos Assuntos Económicos.

-0- PANA OR/SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/DD 15out2012