Governo sudanês revoga passaportes diplomáticos detidos por milícias
Cartum, Sudão (PANA) - O Governo sudanês levou a sua luta contra as Forças Paramilitares de Apoio Rápido (RSF) para a frente diplomática com a revogação de passaportes diplomáticos detidos por dezenas de membros da milícia e seus apoiantes.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sudanês invalidou dezenas de passaportes diplomáticos detidos por líderes da RSF, incluindo o general Mohamed Hamdan Dagalo, o seu irmão, o general Abdul Rahim Daglo, e antigos ministros seniores marginalizados pelo governo, o homem forte do Sudão, o tenente-general Abdul Fatah Al Burhan.
Desde o início da guerra, em 15 de Abril, Burhan já emitiu decretos que excluem o General Dagalo do prestigiado cargo de primeiro vice-presidente do Conselho Soberano, uma presidência colectiva.
Disse também que o FSR era uma milícia rebelde, congelando todos os seus bens e contas no país e agindo para o mesmo em bancos fora do país. O decreto também colocou todas as propriedades e activos do FSR sob controlo governamental, enquanto se aguardam novas medidas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros invalidou os passaportes diplomáticos de várias pessoas que ocupavam cargos constitucionais, políticos e comandantes da FSR.
De acordo com esta decisão, o antigo Primeiro-Ministro, Abdallah Hamdouk, teve o seu passaporte diplomático retirado, tal como o antigo Ministro dos Assuntos Ministeriais, Khalid Omar Yusuf, e a antiga Ministra dos Negócios Estrangeiros, Dra. Mariam Sadiq Mahdi.
A lista inclui também o ex-embaixador sudanês nos Estados Unidos, professor Nour Aldeen Sati, que liderou um grupo de diplomatas a declarar que não reconhecia o governo do general Burhan.
Anteriormente, o ministério também apelou aos organismos internacionais para que declarassem a RSF como uma entidade terrorista.
-0- PANA MO/MA/NFB/JSG 28agosto2023