PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Desemprego de jovens na agenda da reunião dos ministros africanos
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – Os ministros africanos integrantes do Conselho Executivo da União Africana (UA) abriram a sua reunião domingo em Malabo, na Guiné Equatorial, em prelúdio à Cimeira dos Chefes de Estado do continente no fim do mês.
Um dos principais assuntos de debate será o tema da cimeira, designadamente a juventude africana, um assunto de atualidade ardente após os confrontos na África do Norte.
O tema da Cimeira de Malabo foi inspirado pela necessidade urgente de fazer face ao problema do desemprego dos jovens que toma a amplidão duma crise apesar das taxas de crescimento económico positivas em África.
O presidente da Comissão da UA, Jean Ping, declarou que a melhoria da situação dos jovens era essencial para o progresso económico e social do continente e necessitava duma análise minuciosa.
« Estamos face a uma situação muito alarmante. Assistimos a manifestações de estudantes, mas até que ponto estas manifestações estudantis provocam verdadeiramente mudanças de regime. É uma situação que nos preocupa fortemente », declarou Ping.
As crises políticas na Tunísia e no Egito foram amplamente causadas pela incapacidade a fornecer empregos decentes a jovens com um certo nível de instrução.
África espera igualmente receber a assistência financeira prometida ao continente para resolver os problemas da sua juventude.
A Austrália, a Dinamarca, a Índia e o Japão fizeram diversas propostas sobre a forma como os seus países poderão ajudar a UA a resolver os problemas da formação e da criação de empregos para os jovens, com base num crescimento económico reforçado e trocas internacionais.
Em janeiro, a Austrália, um dos gigantes mineiros do mundo, propôs-se a aumentar o número de bolsas aos estudantes africanos das atuais 400 anuais para um milhar daqui a 2013 no quadro da renovação da sua cooperação com África.
O ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Kevin Rudd, que participou nas duas últimas reuniões do Conselho Executivo da UA, declarou que a Austrália esforçava-se atualmente para obter quatro biliões de dólares a conceder a título da ajuda aos países africanos. Esta soma deve acrescentar-se aos 20 biliões de dólares investidos por empresas autralianas em diversas atividades mineiras em África.
Rudd revelou que o Governo autraliano estava disposto a ajudar os Estados africanos a elaborar leis que regeriam o setor mineiro em África para se assegurar de que as populações africanas recebam uma parte mais equitativa dos recursos mineiros gerados pelo continente.
Mas, a oferta mais importante para a melhoria da condição dos jovens foi feita pela Índia, que propõe bolsas a 20 estudantes africanos no quadro do programa e-network, onde a prioridade é dada à agricultura e à ciência.
O Japão propõe-se igualmente a duplicar a sua ajuda externa a África daqui a 2012 para 15 biliões de dólares americanos e anunciou o seu apoio à criação da Universidade Pan-africana, destinada a reforçar as capacidades dos jovens a instaurar uma nova agenda económica e industrial para o continente.
Recentes relatórios da ONU indicam que apesar de África ser a mais importante fonte de crescimenbto no plano mundial, este crescimento permanece insuficiente para criar empregos.
Além dos esforços a desdobrar para o crescimento económico, os dirigentes africanos são igualmente convidados a lutar para a corrupção e a atrair investimentos suscetíveis de criar mais empregos para os jovens desempregados.
O desafio dos ministros africanos é traduzir as promessas dos doadores feitas durante precedentes reuniões do Conselho Executivo em políticas praticáveis e benéficas para a juventude africana.
-0- PANA AO/SEG/FJG/TBM/IBA/MAR/TON 27junho2011
Um dos principais assuntos de debate será o tema da cimeira, designadamente a juventude africana, um assunto de atualidade ardente após os confrontos na África do Norte.
O tema da Cimeira de Malabo foi inspirado pela necessidade urgente de fazer face ao problema do desemprego dos jovens que toma a amplidão duma crise apesar das taxas de crescimento económico positivas em África.
O presidente da Comissão da UA, Jean Ping, declarou que a melhoria da situação dos jovens era essencial para o progresso económico e social do continente e necessitava duma análise minuciosa.
« Estamos face a uma situação muito alarmante. Assistimos a manifestações de estudantes, mas até que ponto estas manifestações estudantis provocam verdadeiramente mudanças de regime. É uma situação que nos preocupa fortemente », declarou Ping.
As crises políticas na Tunísia e no Egito foram amplamente causadas pela incapacidade a fornecer empregos decentes a jovens com um certo nível de instrução.
África espera igualmente receber a assistência financeira prometida ao continente para resolver os problemas da sua juventude.
A Austrália, a Dinamarca, a Índia e o Japão fizeram diversas propostas sobre a forma como os seus países poderão ajudar a UA a resolver os problemas da formação e da criação de empregos para os jovens, com base num crescimento económico reforçado e trocas internacionais.
Em janeiro, a Austrália, um dos gigantes mineiros do mundo, propôs-se a aumentar o número de bolsas aos estudantes africanos das atuais 400 anuais para um milhar daqui a 2013 no quadro da renovação da sua cooperação com África.
O ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Kevin Rudd, que participou nas duas últimas reuniões do Conselho Executivo da UA, declarou que a Austrália esforçava-se atualmente para obter quatro biliões de dólares a conceder a título da ajuda aos países africanos. Esta soma deve acrescentar-se aos 20 biliões de dólares investidos por empresas autralianas em diversas atividades mineiras em África.
Rudd revelou que o Governo autraliano estava disposto a ajudar os Estados africanos a elaborar leis que regeriam o setor mineiro em África para se assegurar de que as populações africanas recebam uma parte mais equitativa dos recursos mineiros gerados pelo continente.
Mas, a oferta mais importante para a melhoria da condição dos jovens foi feita pela Índia, que propõe bolsas a 20 estudantes africanos no quadro do programa e-network, onde a prioridade é dada à agricultura e à ciência.
O Japão propõe-se igualmente a duplicar a sua ajuda externa a África daqui a 2012 para 15 biliões de dólares americanos e anunciou o seu apoio à criação da Universidade Pan-africana, destinada a reforçar as capacidades dos jovens a instaurar uma nova agenda económica e industrial para o continente.
Recentes relatórios da ONU indicam que apesar de África ser a mais importante fonte de crescimenbto no plano mundial, este crescimento permanece insuficiente para criar empregos.
Além dos esforços a desdobrar para o crescimento económico, os dirigentes africanos são igualmente convidados a lutar para a corrupção e a atrair investimentos suscetíveis de criar mais empregos para os jovens desempregados.
O desafio dos ministros africanos é traduzir as promessas dos doadores feitas durante precedentes reuniões do Conselho Executivo em políticas praticáveis e benéficas para a juventude africana.
-0- PANA AO/SEG/FJG/TBM/IBA/MAR/TON 27junho2011