Comunidade internacional reitera apoio à República Centroafricana
Yaoundé, Camarões (PANA) - A comunidade internacional reitera o seu apoio às autoridades e ao povo cetroafricanos para consolidar as conquistas obtidas graças à comunidades no contexto da estabilização do país e a paz.
Este vem expresso num comunicado a que a PANA teve acesso e que cita Ahmad Allam-Mi e François Louncény Fall, respetivamente secretário-geral da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Central (UNOCA).
O documento doi publicado terça-feira aquando da chegada das duas personalidades a Bangui, para uma visita de quatro dias à República Centroafricana (RCA).
Esta missão é o "sinal de que as Nações Unidas e a região estão a trabalhar juntas para a implementação do Acordo de Cartum", lembrou François Louncény Fall, citado na nota.
É uma "mensagem de toda a região para dizer que as Nações Unidas, a CEEAC e a União Africana estão de mãos dadas para acompanhar a República Centroafricana", acrescentou.
Durante a sua estada neste país, as duas personalidades vão avaliar eventuais desafios e perigos que houver na implementação do Acordo Político para a Paz e Reconciliação em RCA (APPR).
Em apoio à iniciativa africana para a paz e reconciliação na RCA, esta visita conjunta avaliará as perspetivas de implementação do referido acordo e o apoio dos países da sub-região a esse processo.
Como a União Africana, a CEEAC é também o garante do acordo, enquanto as Nações Unidas são um dos facilitadores da iniciativa africana para a paz e reconciliação no país.
A iniciativa culminou com as negociações de paz ocorridas em Cartum e o APPR assinado em Bangui, em fevereiro último.
A delegação CEEAC-UNOCA deslocar-se-á Paoua para analisar melhor a questão da transumância e suas implicações em termos de segurança.
"A questão da transumância é atualmente considerada, a nível das Nações Unidas, como uma das causas emergentes dos conflitos na região. Prestamos muita atenção a esta questão", concluiu François Lounceny Fall.
Localizada na província de Ouham-Pendé, no noroeste da RCA, Paoua e seus territórios vizinhos tornaram-se numa espécie de cidade fantasma após os ataques de rebeldes e de soldados do Governo em 2006 e 2007, que obrigaram grande parte da população a fugir para o mato ou para campos de refugiados.
-0- PANA EB/BEH/DIM/DD 02abril2019