Rwanda acolhe conferência internacional sobre HIV/Sida
Kigali, Rwanda (PANA) – A Sociedade Africana Antissida (SAA) escolheu o Rwanda para albergar a XX conferência internacional sobre a sida e infeções sexualmente transmissíveis (IST), de 2 a 7 de dezembro próximo, em Kigali, anuncia um comunicado oficial publicado esta terça-feira, na capital rwandesa.
"Uma África Sem Sida - Inovação, Comunidade e Liderança Política" é o tema da conferência aberta a todo o continente e todos os participantes no quadro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM).
Uma resposta duradoura no alcance do objetivo 90,90,90 do ONUSIDA só será possível se os direitos humanos se tornarem numa prioridade numa nova perspetiva de liderança, no quadro de um reforço do controlo e da prevenção do flagelo baseado em provas científicas.
O objetivo 90, 90, 90 fixado pelo ONUSIDA representa um alvo de tratamento para ajudar a pôr termo à epidemia, até 2030.
O objetivo é que, até 2020 , 90 por cento das pessoas portadoras do HIV conheçam o seu estatuto serológico; que 90 por cento das pessoas infetadas pelo HIV dececionadas recebam um tratamento antirretroviral duradouro, e 90 por cento das pessoas que recebem antirretrovirais tenham uma carga viral duradouramente suprimida.
Segundo informações oficiais, uma pessoa infetada pelo HIV, antes da introdução do tratamento, pode esperar viver apenas 12,5 anos, enquanto que, hoje, uma pessoa jovem residente num país industrializado e infetada pode esperar ter uma duração de vida normal.
O tratamento do HIV representa um instrumento na resposta à sida, para prevenir as doenças e a morte, impedir novas infeções e economizar dinheiro.
Os países de rendas fracas e médias viram as mortes ligadas à sida diminuir com a introdução do tratamento anti-HIV, nomeadamente na África Subsariana.
No entanto, segundo o ONUSIDA, menos de metade dos países da África Subsariana são suscetíveis de alcançar o objetivo ambicioso 90,90,90 e, a prazo, 73 por cento de todas as pessoas portadoras do HIV, nesta região, registarão a sua carga viral duradouramente suprimida, até 2020, segundo as previsões.
Enquanto 19 países africanos alcançarão os dois primeiros objetivos do ONUSIDA, se eles mantiverem as taxas atuais de iniciação ao tratamento, 15 outros países devem aumentar sensivelmente o número de pessoas que iniciam cada ano a terapia antirretroviral (ART), segundo as mesmas previsões.
Em 15 países (37 porcento), maioritariamente situados na África Ocidental e Central, é necessário um aumento mais substancial.
A situação é mais crítica, na Libéria, em Madagáscar, na Mauritânia e no Sudão do Sul, onde é preciso necessariamente multiplicar por 10 a cobertura antirretroviral.
-0- PANA TWA/MA/NFB/JSG/FK/IZ 22out2019