PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Governo já mobilizou dinheiro para fazer face à seca em Cabo Verde, diz PM
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo cabo-verdiano já mobilizou a quase totalidade dos oito milhões de euros do plano de emergência para fazer face à seca que afeta o país, anunciou sexta-feira o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.
Falando à imprensa, em São Lourenço dos Órgãos, durante uma visita ao interior da ilha de Santiago, o chefe do Governo pediu a calma relativamente aos efeitos da seca e do mau ano agrícola que se fazem sentir nesta maior e mais populosa ilha do arquipélago e uma das mais afetadas pela falta de chuva este ano no país.
O primeiro-ministro disse que notou com preocupação "um dos piores anos agrícolas dos últimos anos", mas salientou que não há necessidade para alarme.
"Não há necessidade de se criar um estado de alarme nem de desastre porque não é o estado que estamos a viver. Há dificuldades que, se não forem resolvidas em tempo, poderão virar dificuldades maiores. Por isso é que temos de trabalhar e dar as respostas atempadamente e é o que estamos a fazer", anotou.
No entanto, ele reconheceu que há "alguma ansiedade" nas pessoas, mas enumerou algumas das medidas que já estão em curso para ajudar os afetados pela seca, destacando o acordo assinado na quinta-feira com as instituições de microfinanças para aplicar uma linha de crédito de 50 milhões de escudos (453 mil euros) no setor agropecuário.
"Sei que há alguma ansiedade e alguma pressa de intervenção, que se justifica também relativamente a forma como as coisas aconteceram no passado, mas estamos a trabalhar bem", acrescentou.
O chefe do Governo cabo-verdiano esclareceu que a prioridade será dada à afetação de recursos para dar respostas às necessidades das pessoas, garantindo, em primeiro lugar, rendimento às famílias, pasto e água para os animais e emprego público.
Segundo Ulisse Correia e Silva, Cabo Verde é um país que ciclicamente enfrenta períodos de seca, erupção vulcânica e furacões que se formam ao largo do país, pelo que tem de ter "mecanismos de contingência para fazer face a choques externos da natureza, que podem ser transformados em catástrofes".
Neste sentido, ele sublinhou que para o país criar um fundo, este tem de estar integrado no quadro da solidariedade internacional, visto tratar-se de valores avultados que podem ser acionados em situações de emergência, tal como acontece na União Europeia.
O governante adiantou que o país está a trabalhar no quadro dos pequenos Estados insulares, com as mesmas vulnerabilidades de Cabo Verde, para ter um mecanismo do tipo para situações de emergência "declarada com credibilidade e verificação internacional".
Entretanto, os apelos dos agricultores, criadores, famílias afetadas, partidos políticos, organizações chegam de todas as ilhas, pedindo urgência na implementação das medidas no terreno.
-0- PANA CS/IZ 11nov2017
Falando à imprensa, em São Lourenço dos Órgãos, durante uma visita ao interior da ilha de Santiago, o chefe do Governo pediu a calma relativamente aos efeitos da seca e do mau ano agrícola que se fazem sentir nesta maior e mais populosa ilha do arquipélago e uma das mais afetadas pela falta de chuva este ano no país.
O primeiro-ministro disse que notou com preocupação "um dos piores anos agrícolas dos últimos anos", mas salientou que não há necessidade para alarme.
"Não há necessidade de se criar um estado de alarme nem de desastre porque não é o estado que estamos a viver. Há dificuldades que, se não forem resolvidas em tempo, poderão virar dificuldades maiores. Por isso é que temos de trabalhar e dar as respostas atempadamente e é o que estamos a fazer", anotou.
No entanto, ele reconheceu que há "alguma ansiedade" nas pessoas, mas enumerou algumas das medidas que já estão em curso para ajudar os afetados pela seca, destacando o acordo assinado na quinta-feira com as instituições de microfinanças para aplicar uma linha de crédito de 50 milhões de escudos (453 mil euros) no setor agropecuário.
"Sei que há alguma ansiedade e alguma pressa de intervenção, que se justifica também relativamente a forma como as coisas aconteceram no passado, mas estamos a trabalhar bem", acrescentou.
O chefe do Governo cabo-verdiano esclareceu que a prioridade será dada à afetação de recursos para dar respostas às necessidades das pessoas, garantindo, em primeiro lugar, rendimento às famílias, pasto e água para os animais e emprego público.
Segundo Ulisse Correia e Silva, Cabo Verde é um país que ciclicamente enfrenta períodos de seca, erupção vulcânica e furacões que se formam ao largo do país, pelo que tem de ter "mecanismos de contingência para fazer face a choques externos da natureza, que podem ser transformados em catástrofes".
Neste sentido, ele sublinhou que para o país criar um fundo, este tem de estar integrado no quadro da solidariedade internacional, visto tratar-se de valores avultados que podem ser acionados em situações de emergência, tal como acontece na União Europeia.
O governante adiantou que o país está a trabalhar no quadro dos pequenos Estados insulares, com as mesmas vulnerabilidades de Cabo Verde, para ter um mecanismo do tipo para situações de emergência "declarada com credibilidade e verificação internacional".
Entretanto, os apelos dos agricultores, criadores, famílias afetadas, partidos políticos, organizações chegam de todas as ilhas, pedindo urgência na implementação das medidas no terreno.
-0- PANA CS/IZ 11nov2017