Chuvas torrenciais causam 220 mortes no Quénia
Nairobi, Quénia (PANA) – As autoridades quenianas devem lançar operações de relocalização forçada de vítimas de inundações, numa altura em que o balanço das perdas em vidas humanas provocadas pelas chuvas torrenciais aumentou, esta segunda-feira, para 220 pessoas.
O secretário do Governo queniano para a descentralização, Eugene Wamalwa, declarou que volumes consideráveis de precipitações registadas nos últimos meses no país deslocaram mais de 100 mil pessoas e destruíram casas e colheitas.
As zonas mais afetads são a parte oeste do Quénia, o nordeste e o sudeste do país.
No oeste do Quénia, os rios que desaguam no Lago Victoria saíram dos seus leitos destruindo o gado e as casas.
O Lago Victoria, o segundo grande lago de água doce do Mundo e fonte do rio Nilo, está atualmente transbordado.
As populações que vivem perto deste célebre lago estão a sofrer as consequências do seu avanço.
No noroeste do Quénia, nomeadamente na região de West Pokot, inundações relâmpagos registadas na área causaram a morte de uma dezena de pessoas.
No sudeste do país, os residentes da região do rio Tana, particularmente os do Delta Tana, são os mais duramente afetados pelas inundações.
Wamlawa atribuiu estas chuvas torrenciais que causam inundações ao fenómeno da mudança climática, lembrando aos Quenianos que o reaquecimento planetário é uma realidade que necessita da implicação de todo o mundo para a diminuição dos seus esfeitos.
Na parte ocidental do Quénia, os residentes estão um pouco inclinados para se mudar devido a crenças culturais com alguns que pensam que a mudança vai cortar o cordão umbilical que os liga à terra dos seus antepassados, onde os seus avós foram enterrados.
Ocuparam finalmente as escolas e outras instituições, maioritariamente encerradas devido à pandemia da covid-19.
-0- PANA DJ/AR/BAI/IS/MAR/IZ 11maio2020