PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ONU advoga conferência nacional para avançar processo político na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) – O Secretário-Geral (SG) da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, considera que “o tempo chegou para se ajudar o povo líbio a unir-se para fazer avançar o processo político através duma conferência nacional que abra a via à reconciliação e a eleições no futuro”.
Intervindo domingo na abertura da 32.ª Cimeira Ordinária da União Africana (UA), em Addis Abeba, na Etiópia, Guterres sublinhou que o acordo de cessar-fogo em Tripoli e nos arredores, negociado pelas Nações Unidas, continua em vigor, apesar das dificuldades.
O acordo de cessar-fogo assinado em setembro de 2018 sob a égide da MANUL entre grupos armados rivais em Tripoli, foi violado ultimamente, culminando numa semana de combates mortíferos entre os mesmos grupos armados, antes de uma mediação tribal ter sido criada para pôr termo aos confrontos, referiu.
A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), que patrocina o processo político no país, elaborou um plano de ações, sob a égide do seu chefe, Ghassan Salamé, relativo à realização duma conferência nacional inclusiva que deve determinar, de forma consensual, a agenda eleitoral para eleições legislativas, um referendo sobre a Constituição e eleições presidenciais.
Mas a persistência das divergências entre protagonistas líbios conduziu o processo político ao impasse, visto que a conferência nacional, inicialmente prevista para janeiro último, não se realizo, lamentou.
Por outro lado, Guterres evocou a cooperação entre a ONU e a UA e os desafios comuns nos domínios da paz, da segurança, do desenvolvimento sustentável e da mudança climática.
O SG da ONU também evocou, nessa ocasião, a problemática dos refugiados e dos migrantes, acrescentando que "África possui quase um terço dos refugiados e das pessoas deslocadas no mundo.
Apesar dos desafios socioeconómicos e de segurança, os Governos e os povos africanos mantiveram as suas fronteiras, as suas portas e os seus corações abertos a vários milhões de pessoas necessitadas, referiu.
Guterres disse lamentar que todos os países do mundo não sigam o exemplo de África, acrescentando que "África deu um exemplo brilhante de solidariedade".
Ele citou, a título de exemplo, a adoção, pelo continente, da Convenção de 1969 sobre os refugiados, que ultrapassa a Convenção Internacional sobre os Refugiados para alargar a definição do refugiado.
O SG da ONU congratulou-se, por outro lado, com esforços conjunto da organização universal e da UA no sentido de se reforçar a liderança das mulheres nos processos de paz e os acordos políticos.
Frisou que grupos, tais como FEMWise e African Leadership Network, dão grandes contribuições e que constituem iniciativas muito importantes na cooperação entre as Nações Unidas e a União Africana.
"Garantir a igualdade das mulheres e uma participação e uma liderança consideráveis é importante para uma paz duradoura", declarou.
António Guterres declarou-se determinado, desde o primeiro dia do seu mandato, a reforçar as relações entre a ONU e a UA, ressaltando um salto qualitativo na cooperação estratégica entre as ambas partes.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 11fev2019
Intervindo domingo na abertura da 32.ª Cimeira Ordinária da União Africana (UA), em Addis Abeba, na Etiópia, Guterres sublinhou que o acordo de cessar-fogo em Tripoli e nos arredores, negociado pelas Nações Unidas, continua em vigor, apesar das dificuldades.
O acordo de cessar-fogo assinado em setembro de 2018 sob a égide da MANUL entre grupos armados rivais em Tripoli, foi violado ultimamente, culminando numa semana de combates mortíferos entre os mesmos grupos armados, antes de uma mediação tribal ter sido criada para pôr termo aos confrontos, referiu.
A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), que patrocina o processo político no país, elaborou um plano de ações, sob a égide do seu chefe, Ghassan Salamé, relativo à realização duma conferência nacional inclusiva que deve determinar, de forma consensual, a agenda eleitoral para eleições legislativas, um referendo sobre a Constituição e eleições presidenciais.
Mas a persistência das divergências entre protagonistas líbios conduziu o processo político ao impasse, visto que a conferência nacional, inicialmente prevista para janeiro último, não se realizo, lamentou.
Por outro lado, Guterres evocou a cooperação entre a ONU e a UA e os desafios comuns nos domínios da paz, da segurança, do desenvolvimento sustentável e da mudança climática.
O SG da ONU também evocou, nessa ocasião, a problemática dos refugiados e dos migrantes, acrescentando que "África possui quase um terço dos refugiados e das pessoas deslocadas no mundo.
Apesar dos desafios socioeconómicos e de segurança, os Governos e os povos africanos mantiveram as suas fronteiras, as suas portas e os seus corações abertos a vários milhões de pessoas necessitadas, referiu.
Guterres disse lamentar que todos os países do mundo não sigam o exemplo de África, acrescentando que "África deu um exemplo brilhante de solidariedade".
Ele citou, a título de exemplo, a adoção, pelo continente, da Convenção de 1969 sobre os refugiados, que ultrapassa a Convenção Internacional sobre os Refugiados para alargar a definição do refugiado.
O SG da ONU congratulou-se, por outro lado, com esforços conjunto da organização universal e da UA no sentido de se reforçar a liderança das mulheres nos processos de paz e os acordos políticos.
Frisou que grupos, tais como FEMWise e African Leadership Network, dão grandes contribuições e que constituem iniciativas muito importantes na cooperação entre as Nações Unidas e a União Africana.
"Garantir a igualdade das mulheres e uma participação e uma liderança consideráveis é importante para uma paz duradoura", declarou.
António Guterres declarou-se determinado, desde o primeiro dia do seu mandato, a reforçar as relações entre a ONU e a UA, ressaltando um salto qualitativo na cooperação estratégica entre as ambas partes.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 11fev2019