PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Fracasso de mediação da UA na Côte d'Ivoire
Abidjan, Côte d'Ivoire (PANA) – O primeiro-ministro queniano, Raila Ondiga, mediador da União Africana (UA) para a crise na Côte d'Ivoire, deixou Abidjan quarta-feira de manhã depois de três dias na capital económica ivoiriense sem obter resultados na sua missão, constatou a PANA no local.
Durante uma conferência de imprensa no aeroporto internacional Félix Houphouët-Boigny, Raila Odinga exprimiu a sua pena por constatar o "statu quo" na crise pós-eleitoral que atravessa a Côte d'Ivoire desde a segunda volta das eleições presidenciais de 28 de novembro último.
« Apesar de longas discussões mantidas segunda-feira com Laurent Gbagbo e o Presidente eleito Alassane Ouattara, que terminaram muito tarde à noite, tenho a pena de anunciar que os progressos necessários não foram alcançados», deplorou.
Segundo o emissário da UA, um dos principais objetivos da sua missão era convencer Laurent Gbagbo a aceitar que ele devia colocar a sua presidência na agenda das discussões e levantar o bloqueio do Golf Hotel, onde se instalaram Alassane Ouattara e os seus apoiantes.
« Era imperioso que o bloqueio do Golf Hotel fosse levantado. Gbagbo deu-me a garantia de que este bloqueio será levantado, mas ele rompeu esta promessa pela primeira vez em duas semanas», desolou-se Odinga.
Segundo o primeiro-ministro queniano, Alassane Ouattara teria aceite a sua proposta de nomear no seu Governo partidários de Laurent Gbagbo.
Disse ter igualmente pedido a Alassane Ouattara uma resolução rápida e pacífica da crise para dar a Gbagbo a garantia da sua liberdade de escolher « com dignidade e segurança as suas opções futuras, incluindo a possibilidade de continuar a fazer política na Côte d'Ivoire ou a instalar-se num país da sua escolha ».
Para o emissário da UA, « a recusa de respeitar a vontade dos Ivoirienses exprimida nas eleições de novembro dará um golpe severo à onda de democracia que sopra sobre África ».
O primeiro-ministro queniano expressou o seu receio de que a instabilidade e a insegurança se propaguem no continente.
Apesar deste fracasso, Odinga continua a acreditar que as discussões vão prosseguir e que a opção militar para resolver esta crise será no último recurso « quando todas as vias pacíficas forem esgotadas ».
A segunda volta das eleições presidenciais na Côte d'Ivoire consagrou dois Presidentes - Alassane Ouattara, proclamado pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) e reconhecido pela maioria da comunidade internacional, e o Presidente cessante, Laurent Gbagbo, declarado vencedor pelo Conselho Constitucional.
-0- PANA GB/JSG/FK/TON 19jan2011
Durante uma conferência de imprensa no aeroporto internacional Félix Houphouët-Boigny, Raila Odinga exprimiu a sua pena por constatar o "statu quo" na crise pós-eleitoral que atravessa a Côte d'Ivoire desde a segunda volta das eleições presidenciais de 28 de novembro último.
« Apesar de longas discussões mantidas segunda-feira com Laurent Gbagbo e o Presidente eleito Alassane Ouattara, que terminaram muito tarde à noite, tenho a pena de anunciar que os progressos necessários não foram alcançados», deplorou.
Segundo o emissário da UA, um dos principais objetivos da sua missão era convencer Laurent Gbagbo a aceitar que ele devia colocar a sua presidência na agenda das discussões e levantar o bloqueio do Golf Hotel, onde se instalaram Alassane Ouattara e os seus apoiantes.
« Era imperioso que o bloqueio do Golf Hotel fosse levantado. Gbagbo deu-me a garantia de que este bloqueio será levantado, mas ele rompeu esta promessa pela primeira vez em duas semanas», desolou-se Odinga.
Segundo o primeiro-ministro queniano, Alassane Ouattara teria aceite a sua proposta de nomear no seu Governo partidários de Laurent Gbagbo.
Disse ter igualmente pedido a Alassane Ouattara uma resolução rápida e pacífica da crise para dar a Gbagbo a garantia da sua liberdade de escolher « com dignidade e segurança as suas opções futuras, incluindo a possibilidade de continuar a fazer política na Côte d'Ivoire ou a instalar-se num país da sua escolha ».
Para o emissário da UA, « a recusa de respeitar a vontade dos Ivoirienses exprimida nas eleições de novembro dará um golpe severo à onda de democracia que sopra sobre África ».
O primeiro-ministro queniano expressou o seu receio de que a instabilidade e a insegurança se propaguem no continente.
Apesar deste fracasso, Odinga continua a acreditar que as discussões vão prosseguir e que a opção militar para resolver esta crise será no último recurso « quando todas as vias pacíficas forem esgotadas ».
A segunda volta das eleições presidenciais na Côte d'Ivoire consagrou dois Presidentes - Alassane Ouattara, proclamado pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) e reconhecido pela maioria da comunidade internacional, e o Presidente cessante, Laurent Gbagbo, declarado vencedor pelo Conselho Constitucional.
-0- PANA GB/JSG/FK/TON 19jan2011