Burundi repatria descontente suas tropas da AMISOM
Bujumbura, Burundi (PANA) – Militares burundeses da Missão Africana de Manutenção da Paz na Somália (AMISOM) serão repatriados, “apesar do caráter injusto” da decisão da organização pan-africana que só diz respeito, por enquanto, ao único contingente burundês de mais cinco mil homens, declarou sexta-feira o porta-voz do Exército Nacional Burundês, o coronel Floribert Biyereke.
Os países contribuintes de tropas são remunerados proporcionalmente ao número de militares e aos equipamentos fornecidos. Daí este tipo de resistência à retirada da AMISOM, disse o porta-voz.
O Burundi devia ter repatriado um primeiro efetivo de mil homens da AMISOM em finais de fevereiro último.
Ao intervir num programa público dos porta-vozes de diferentes instituições estatais nacionais, o coronel Biyereke afirmou que 400 militares já regressaram e que os restantes 600 voltarão ao país logo que a União Africana (UA) os substitua com contingentes de outros países contribuintes de tropas na Somália.
Os planos da UA prevêem a retirada progressiva das tropas africanas da AMISOM, num período de dois anos, para deixar o lugar a um Exército somalí ainda embrionário.
Além do Burundi, outros países contribuintes de tropas na Somália são o Uganda, a Etiópia, o Djibuti e o Quénia, para um efetivo total de mais de 21 mil militares.
O maior contingente de manutenção da paz sob a bandeira da UA [e encarregue de apoiar o poder central em Modadíscio, a capital somali, na sua luta contra El Chabaab, jovens insurretos islamitas somalis.
A retirada das tropas africanas da AMISOM é anunciada enquanto ataques terroristas de El Chabaab continuam em Mogadíscio e nas províncias somalis.
-0- PANA FB/BEH/FK/DD 16março2019