Reporteres Sem Fronteiras exige liberdade de imprensa na Guiné Conakry
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Reporteres Sem Fronteiras (RSF) apelou segunda-feira ao novo Governo guineense para garantir a liberdade de imprensa, restabelecendo o acesso aos media descontentes e inacessíveis no país, há três meses.
Este apelo da RSF surgiu sexta-feira quando o primeiro-ministro guineense, Amadou Oury Bah, se reunia com represetantes das associações de imprensa e vários patrões de media, entre os quais os visados por restrições e interferências, a fim de encontrar soluções que permitam "sair-se da crise", declarou a organização de defesa dos direitos dos jornalistas.
Porém, preconizou mais responsabilidade dos media no tratamento da informação.
Recordou igualmente que as auytoridades competentes, com a Alta Autoridade Reguladora (HAC, sigla em francês), foram até então, a manobra de tepressões arbitrárias e injustificada.
Exortou finalmente o novo Governo guineense a tomar medidas arrojadas sem tardar.
A seu ver, este encontro com a imprensa constitui um sinal positivo e deve surtir efeitos.
O novo Governo deve neste preciso momento comprometer-se a garantir a liberdade de imprensa. nomeadamente restabelecendo sem delongas os media vítimaas de restrições no território nacional há três meses.
Quatro rádios vítimas de interferências e as três cadeias de trelevisão que perderam vários bouquets televisuais sofrem danos económicos sem precedentes, mencionou.
Defendeu que os mesmos devem poder retomar as suas atividades a fim de garantir o direito de acesso a uma informação plural na Guiné Conakry, defendeu Sadibou Marong, diretor do Escritório para África Subsariana da RSF.
A RSF explicou que, no dia do encontro entre a Direção Geral do grupo Hadafo Médias, que compreende, entre outras, a rádio Espace FM e a cadeia televisiva Espace TV, submetidas a restrições de difusão desde finais de novembro e meiados de dezembro últimos, respetivamente, a publicou un comunicado anunciando a colocação em desemprego de 70 por cento do seu pessoa por três meses.
>Os sinais das rádios privadas como FIM FM, Espace FM, Djoma FM e Évasion sofrem interferências desde finais de novembro de 2023, ao passo que as cadeias televisivas como Espace TV, Djoma TV e Évasion TV estão indisponíveis desde dezembro do mesmo ano nos bouquets Canal+ e StarTimes a pedido da HAC, lamentou.
Sublinhou que estes órgãos de comunicação estão economicamente enfraquecidos e funcionam em tempo parcial via redes sociais.
A Guiné Conakry ocupa o 85.º lugar dos 180 países no ranking mundial da liberdade de imprensa estabelecido pela RSF em 2023.
-0- PANA TNDD/IS/SOC/DD 11março2024