Governo quer trazer companhias aéreas de baixo custo para Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O ministro cabo-verdiano do Turismo e Transportes, Carlos Santos, revelou quinta-feira, na ilha do Sal, que o seu Governo pretende trazer voos de baixo custo para Cabo Verde para permitir que haja “maior diversificação” dos mercados de origem e dos segmentos.
Carlos Santos falava durante a apresentação do Plano de Retoma do Setor Privado pós-covid-19 e do Programa Operacional de Turismo (POT).
Ele classificou estes dois planos de “ambiciosos”, uma vez que se trata dos eixos do programa que prevê a promoção do destino, a implementação do plano de marketing e a melhoria da conetividade, que comporta quatro tipologias de projetos.
“Aqui estamos a falar de um grande projeto que temos em curso que é da possibilidade de trazer 'low-cost' para Cabo Verde, para permitir que haja maior diversificação dos mercados de origem e dos segmentos”, concretizou.
Em janeiro passado, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, afirmou no Parlamento que está a ser preparado um quadro legal para fomentar o transporte aéreo por companhias ‘low cost’ para o arquipélago.
No debate mensal no Parlamento, subordinado ao tema “O papel dos transportes na economia e na integração regional”, o chefe do Governo avançou que estão em preparação várias iniciativas no setor dos transportes aéreos.
Segundo Ulisses Correia e Silva, entre essas medidas contam-se a definição de um “quadro legal para o fomento” das companhias ‘low cost’, mas também a concessão da gestão dos aeroportos do país ou o regime legal de obrigação de serviço público interilhas.
O Governo cabo-verdiano admite compensações a operadores aéreas para voos low cost, para garantir a retoma do turismo após a pandemia, e pretende atingir, até 2026, uma procura anual de 1,2 milhão de turistas, segundo o Programa do Governo.
De acordo com o documento, o Governo pretende avançar com "uma política de indução positiva da procura pelo destino Cabo Verde".
Trata-se, prossegue a nota, de apostar claramente no fomento da conetividade aérea do país com os principais mercados emissores e no apoio/compensação a operadores aéreos de charters e/ou low cost, com especial ênfase na fase da retoma do turismo".
Em 2019, o país registou um recorde de 819 mil turistas, procura que caiu mais de 60 por cento no ano seguinte, devido às restrições internacionais para conter a pandemia.
O Governo já admitiu anteriormente que pretende impulsionar as operações das companhias áreas de baixo custo nas ligações internacionais a Cabo Verde, para fomentar o turismo.
-0- PANA CS/IZ 11fev2022