Presidente de Transição no Sudão ruma para Uganda
Cartum, Sudão (PANA) - O Presidente da Transição no Sudão, o general Abdul Fatah al Burhan, rumou este domingo de manhã cedinho para Kampala, para uma visita oficial ao Uganda, soube a PANA junto da Presidência Sudanesa.
Durante a sua estadia, o general al Burhan será recebido pelo Presidente ugandês, Yoweri Museveni, com quem abordará assuntos atinentes às relações bilaterais e a questões de interesses comuns, segundo a mesma fonte.
Nesta viagem inscrita no quadro da sua atual ofensiva diplomática após uma acalmia de quatro meses desde o início de combates no Sudão a 15 de abril último, o chefe militar sudanês fez-se acompanhar do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Ali al Sadiq, e do chefe da Segurança Nacional e Informação, Ahmed Ibrahim al Mufadal.
Do Uganda, o general al Burhan rumará para o Egito, o Sudão do Sul, o Qatar, a Eritreia e a Turquia a fim de obter o apoio dos governos destes países na busca de soluções para danos económicos, sociais e securitárias causados por uma guerra devastadora de quatro meses.
Burhan dirige o seu Governo a partir do Port-Soudan, o principal porto marítimo do Mar Vermelho, após Cartum, a capital do país, ter sido praticamente destruída por ser o epicentro dos combates, refere a mesma fonte.
Quase todos os serviços públicos de base e todos os Ministérios, bem como a sede da Presidência da República e o seu gabinete, foram danificados.
Sábado último, a cidade de Cartum registou tiros de armas pesadas, nomeadamente metralhadoras, morteiros e obuses, que sacudiram, em particular, as zonas do norte e nordeste, desde as primeiras horas de manhã, sem nenhum sinal de apaziguamento.
Geralmente, o dia-dia nesta cidade é caracterizado por uma a duas horas de bombardeamentos com obuses, a que se segue uma acalmia até à noite.
Mas este sábado, estrondos de obuses e uma pilhagem aconteceram como para marcarem uma nova fase da guerra, segundo a fonte.
O Governo sudanés está confrontado com uma rebelião liderada pelo general Mohamed Hamdan Daglo, comandante das Forças de Apoio Rápido (paramilitares).
O conflito já fez perto de 7.500 mortos, segundo dados oficiais.
-0- PANA MO/RA/MTA/JSG/SOC/DD 16setembro2023