Agência Panafricana de Notícias

África Oriental discute plano regional de luta contra fome

Nairobi, Quénia (PANA) – Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da África Oriental reuniram-se quinta-feira em Nairobi, no Quénia, para adotar um plano de ação de grande envergadura que visa aumentar os financiamentos a longo prazo das medidas de luta contra a seca para fazer face à fome na região do Corno de África.

O ministro queniano dos Negócios Estrangeiros, Moses Wetangula, declarou que o Plano de Ação de Nairobi adotado na reunião ministerial regional abrirá a via a um apoio internacional sólido a favor dos esforços de luta contra o ciclo de seca e da fome na região.

"Necessitamos de construir barragens hidráulicas para conservar a água, construir estradas e infraestruturas ferroviárias, distribuir eficazmente a ajuda e investir no capital humano, incluindo as escolas e os serviços de saúde », declarou Wetangula a respeito do Plano de Ação de Nairobi.

O Plano constituirá a base das discussões que terão lugar durante este mês em Nova Iorque, onde o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, vai mobilizar os dirigentes do mundo para ajudar a Somália.

A 24 de setembro, a Cimeira das Nações Unidas vai discutir as medidas necessárias para ajudar a Somália e o Corno de África a fazer face ao seu ciclo de seca, conflitos e fome.

Presentes na reunião de Nairobi estiveram os ministros dos Negócios Estrangeiros do Burundi, da Etiópia, do Djibuti, do Rwanda, do Quénia, do Sudão, da Somália e do Sudão Sul e o seu Plano de Ação poderá integrar a partilha de 300 milhões de dólares americanos recentemente prometido para fazer face à fome.

O secretário executivo da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD), Mahboub Maalim, declarou que uma outra reunião estava programada para Djibuti, a 14 de setembro, para discutir o financiamento dos planos regionais que permitam fazer face à crise no Corno de África.

« Necessitamos de sinergias para fazer face à fome na Somália. Precisamos de programas a longo prazo para que os recursos possam ser partilhados. Mas levamos tempo às vezes para dar uma respota, porque nos faltam os fundos necessários », declarou Mahboub.

O Presidente djibutiano, Omar Guelleh, já criticou os seus pares da região por não ter agido face aos alertas contra a seca, considerando que infraestruturas de armazenagem de água devem ser instauradas para que a região possa fazer face ao seu ciclo de seca e fome.

-0- PANA AO/SEG/AKA/TBM/SOC/MAR/IZ 09set2011