Agência Panafricana de Notícias

Empresários angolanos compram estação de televisão privada em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) - Um grupo económico, constituído maioritariamente por investidores angolanos, acaba de comprar a Sociedade de Comunicação para o Desenvolvimento (SCD), proprietária da Televisão Independente de Cabo Verde (TIVER), operacional no país desde 2007, apurou a PANA, na cidade da Praia de fonte empresarial.

De acordo com a edição desta terça-feira do diário em linha A Semana, os novos donos da SCD deverão, a médio prazo, investir nela um montante superior a mil milhões de escudos cabo-verdianos (cerca de nove milhões e 100 mil euros).

A fonte revela ainda que os novos donos da TIVER, onde figuram também investidores cabo-verdianos, devem apresentar, na primeira quinzena de outubro próximo, um novo conceito de televisão a desenvolver no país.

"Vai-se insistir na modernização da TIVER, o que inclui a renovação do seu aparato tecnológico, a reestruturação do quadro do pessoal e a refundação da sua ambiciosa missão de informar, educar e entreter com rigor os que procuram os seus produtos», asseverou uma fonte ligada ao projeto citada pelo A Semana.

A entrada de capitais angolanos na TIVER faz parte de uma estratégia de negócios que terá outros focos de interesse, acrescentou a fonte, sublinhando que “tudo vai ser feito em conformidade com a contribuição que a SDC possa dar para alargar e melhorar o desempenho de Cabo Verde nas áreas económica, cultural e social, tanto no plano interno como no plano externo".

Atualmente, a TIVER, dirigida por Rui Pereira, opera com 50 trabalhadores, dos quais 10 jornalistas.

Foi a primeira estação televisiva privada a emitir em sinal aberto, depois de o Governo cabo-verdiano ter atribuído as primeiras quatro licenças a operadores do setor.

No entanto, apenas a TIVER e a Record Cabo Verde iniciaram programas regulares, a par da estação pública, a Televisão de Cabo Verde (TCV).

Conforme revelou a mesma fonte, a TIVER, sete anos depois, ainda não conseguiu dobrar «o cabo das tormentas» e apresentar um produto de qualidade aos Cabo-verdianos, devido, em parte, à pequenez do mercado publicitário nacional, que não chega para todos”.

Considerou finalmente que “o capital angolano chega por isso em muito boa hora”.

-0- PANA CS/DD 30set2014