PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Situação confusa e violações dos direitos humanos na República Centro-Africana
Bangui, República Centroafricana (PANA) - A situação continua confusa na capital centroafricana, Bangui, onde tiros de armas automáticas continuam a ressoar nalguns bairros da capital assaltados, apesar da tomada do poder pela coligação rebelde liderada pelo Presidente autoproclamado da República Centro-Africana, Michel Djotodia.
Uma habitante de Bangui, contatada pela PANA, indicou que casas, entre as quais a sua, foram completamente pilhadas, enquanto a via conducente ao aeroporto foi bloqueada por grupos de jovens e por elementos rebeldes armados de Séléka (que, em Sango, dialeto nacional, siginifica aliança) que se confrontam com forças francesas desdobradas no local.
O pessoal do Escritório Integrado das Nações Unidas na República Centro-Africana (BINUCA) continua bloqueado nos seus locais de trabalho, as suas casas foram pilhadas, durante cenas de saque que começaram desde a entrada dos rebeldes de Séléka na capital centro-africana.
O pessoal do BINUCA, precisa a fonte, que deveria ser protegido pelas Forças Armadas Nacionais, devido ao caráter político da sua missão que exclui a presença de Capacetes Azuis da Organização das Nações Unidas (IONU), foi impedido de aceder ao aeroporto por estas mesmas forças centro-africanas que gritam "ninguém deixará o país, vamos morrer todos aqui", revela a fonte no anonimato.
Contudo, apesar da fuga do Presidente destituído, François Bozizé, a debandada duma boa parte das Forças Armadas Nacionais, bem como o controlo do aeroporto pelas forças francesas, torna-se cada vez mais suicidária tentar deixar Bangui, devido à confusão que continua a reinar.
O Secretário-Geral (SG) da ONU, Ban Ki-moon, condena a tomada de poder anticonstitucional ocorrida na RCA a 24 de março de 2013 e apela para "o restabelecimento rápido da ordem constitucional".
Num comunicado divulgado pelo BINUCA, Ki-moon reitera que "os acordos de Libreville (assinados em janeiro pelas partes centro-africanas), negociados sob a liderança dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), permanecem o quadro mais viável para garantir uma paz duradoura e a estabilidade no país".
"O Secretário-Gerail está profundamente preocupado pelos relatórios que revelam sérias violações dos direitos humanos e lembra a todos que são responsáveis por tais violações e que deverão responder pelos seus atos", acrescenta o comunicado.
O SG da ONU manifestou-se igualmente preocupado pela "situação humanitária desatrosa que prevalece no país e os relatórios sobre cenas de pilhagem, incluindo de bens das Nações Unidas na capital, Bangui", lê-se no mesmo texto.
As Nações Unidas, que pretendem continuar a "trabalhar estreitamente com os seus parceiros, incluindo a CEEAC e a União Africana, para ajudar a resolver a situação de crise na República Centro-Africana, tomam todas as precauções para proteger o seu pessoal e lembram às autoridades as suas obrigações de garantir a segurança de todo o pessoal das Nações Unidas e dos seus locais de trabalho.
-0- PANA SSB/IBA/MAR/DD 26março2013
Uma habitante de Bangui, contatada pela PANA, indicou que casas, entre as quais a sua, foram completamente pilhadas, enquanto a via conducente ao aeroporto foi bloqueada por grupos de jovens e por elementos rebeldes armados de Séléka (que, em Sango, dialeto nacional, siginifica aliança) que se confrontam com forças francesas desdobradas no local.
O pessoal do Escritório Integrado das Nações Unidas na República Centro-Africana (BINUCA) continua bloqueado nos seus locais de trabalho, as suas casas foram pilhadas, durante cenas de saque que começaram desde a entrada dos rebeldes de Séléka na capital centro-africana.
O pessoal do BINUCA, precisa a fonte, que deveria ser protegido pelas Forças Armadas Nacionais, devido ao caráter político da sua missão que exclui a presença de Capacetes Azuis da Organização das Nações Unidas (IONU), foi impedido de aceder ao aeroporto por estas mesmas forças centro-africanas que gritam "ninguém deixará o país, vamos morrer todos aqui", revela a fonte no anonimato.
Contudo, apesar da fuga do Presidente destituído, François Bozizé, a debandada duma boa parte das Forças Armadas Nacionais, bem como o controlo do aeroporto pelas forças francesas, torna-se cada vez mais suicidária tentar deixar Bangui, devido à confusão que continua a reinar.
O Secretário-Geral (SG) da ONU, Ban Ki-moon, condena a tomada de poder anticonstitucional ocorrida na RCA a 24 de março de 2013 e apela para "o restabelecimento rápido da ordem constitucional".
Num comunicado divulgado pelo BINUCA, Ki-moon reitera que "os acordos de Libreville (assinados em janeiro pelas partes centro-africanas), negociados sob a liderança dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), permanecem o quadro mais viável para garantir uma paz duradoura e a estabilidade no país".
"O Secretário-Gerail está profundamente preocupado pelos relatórios que revelam sérias violações dos direitos humanos e lembra a todos que são responsáveis por tais violações e que deverão responder pelos seus atos", acrescenta o comunicado.
O SG da ONU manifestou-se igualmente preocupado pela "situação humanitária desatrosa que prevalece no país e os relatórios sobre cenas de pilhagem, incluindo de bens das Nações Unidas na capital, Bangui", lê-se no mesmo texto.
As Nações Unidas, que pretendem continuar a "trabalhar estreitamente com os seus parceiros, incluindo a CEEAC e a União Africana, para ajudar a resolver a situação de crise na República Centro-Africana, tomam todas as precauções para proteger o seu pessoal e lembram às autoridades as suas obrigações de garantir a segurança de todo o pessoal das Nações Unidas e dos seus locais de trabalho.
-0- PANA SSB/IBA/MAR/DD 26março2013