PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA preocupada com consequências da crise financeira mundial sobre Doha
Addis-Abeba- Etiópia (PANA) -- A Comissária para o Comércio e Indústria da Comissão da União Africana, Elisabeth Tankeu, manifestou, quinta-feira em Addis Abeba, as preocupações da África relativas às consequências da crise financeira sobre as negociações comerciais internacionais mais conhecidas pelo nome de cíclo de Doha, lamentando a nova tendência proteccionista de alguns parceiros da África.
"Receamos seriamente o abrandamento destas negociações por causa desta crise.
Observamos, por outro lado, com pena que alguns grandes actores destas negociações se refugiam atrás das medidas protecionistas", disse durante uma conferência de imprensa.
Para Tankeu, as negociações foram, há muito tempo, desviadas por algumas partes integrantes não africanas.
"É preciso reenquadrar rápido o ciclo de Doha, o seu principal papel não é o mercado, mas sim o desenvolvimento.
Pretendemos, portanto, aproveitar a 14ª Cimeira da UA para pedir aos nossos chefes de Estado para pesar com todo o seu peso a fim de conseguir concentrar as negociações no desenvolvimento", sustentou a comissária da União Africana.
Ela estimou, no entanto, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), enquanto instituição intergovernamental, desempenhou um papel importante na atenuação do choque provocado pela crise financeira internacional.
"A OMC não é acusada, ela desempenhou mesmo o papel de atalaia durante a crise, atenuando assim o choque nos nossos Estados.
Há cada vez mais a falta de vontade política para se conseguir um acordo global que lamentamos", acrescentou Tankeu.
Evocando os pontos de bloqueio, ela criticou vivamente os subsídios agrícolas concedidos pelos países ricos aos seus produtores.
Segundo o economista norte-americano Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de 2001, só os Estados Unidos concedem anualmente cerca de três biliões de dólares americanos de ajuda aos seus produtores de algodão, recusando-se ao mesmo tempo a abandonar estes subsídios no âmbito do ciclo de Doha.
"Todo mundo sabe o que aconteceu em Copenhague (DInamarca) durante a cimeira sobre a mudança climática.
Esperamos muito que alguns grandes actores ajam para que Doha não conheça o mesmo fim", insistiu a Comissária da UA.
Após um longo período de letargia, as negociações comerciais internacionais foram relançadas no final dos anos 2009 pela conferência ministerial da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizada em Genebra, na Suíça.
"Receamos seriamente o abrandamento destas negociações por causa desta crise.
Observamos, por outro lado, com pena que alguns grandes actores destas negociações se refugiam atrás das medidas protecionistas", disse durante uma conferência de imprensa.
Para Tankeu, as negociações foram, há muito tempo, desviadas por algumas partes integrantes não africanas.
"É preciso reenquadrar rápido o ciclo de Doha, o seu principal papel não é o mercado, mas sim o desenvolvimento.
Pretendemos, portanto, aproveitar a 14ª Cimeira da UA para pedir aos nossos chefes de Estado para pesar com todo o seu peso a fim de conseguir concentrar as negociações no desenvolvimento", sustentou a comissária da União Africana.
Ela estimou, no entanto, que a Organização Mundial do Comércio (OMC), enquanto instituição intergovernamental, desempenhou um papel importante na atenuação do choque provocado pela crise financeira internacional.
"A OMC não é acusada, ela desempenhou mesmo o papel de atalaia durante a crise, atenuando assim o choque nos nossos Estados.
Há cada vez mais a falta de vontade política para se conseguir um acordo global que lamentamos", acrescentou Tankeu.
Evocando os pontos de bloqueio, ela criticou vivamente os subsídios agrícolas concedidos pelos países ricos aos seus produtores.
Segundo o economista norte-americano Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de 2001, só os Estados Unidos concedem anualmente cerca de três biliões de dólares americanos de ajuda aos seus produtores de algodão, recusando-se ao mesmo tempo a abandonar estes subsídios no âmbito do ciclo de Doha.
"Todo mundo sabe o que aconteceu em Copenhague (DInamarca) durante a cimeira sobre a mudança climática.
Esperamos muito que alguns grandes actores ajam para que Doha não conheça o mesmo fim", insistiu a Comissária da UA.
Após um longo período de letargia, as negociações comerciais internacionais foram relançadas no final dos anos 2009 pela conferência ministerial da Organização Mundial da Saúde (OMS) realizada em Genebra, na Suíça.