PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ressurgimento dos conflitos domina sessão de abertura da cimeira da UA
Sirtes- Líbia (PANA) -- O ressurgimento dos conflitos violentos em África nos últimos seis meses, nomeadamente o assassinato do Presidente bissau-guineense João Bernardo "Nino" Vieira, a multiplicação do número de crimes na Somália e a insegurança crescente em Darfur, no Sudão, dominaram os debates durante a sessão de abertura quarta-feira da cimeira da União Africana (UA), em Sirtes, na Líbia.
Os líderes africanos exprimiram a sua preocupação face à amplificação da violência na Somália, onde as milícias islamitas lutam para tirar o Governo do poder.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, representado nestes debates pela sua adjunta, Asha Rose Migiro, advertiu de qualquer tentativa de tomada do poder pela força neste país do Corno de África.
Ban constatou que as mudanças inconstitucionais do poder, que tinham ficado atrás no passado, fizeram o seu regresso a África e os conflitos continuam a ameaçar a vida de vários milhões de pessoas.
"Manifestamente, estamos num momento crítico.
Mais da metade dos Africanos vivem numa pobreza extrema.
Devemos aproveitar esta cimeira para mobilizar e tomar medidas a fim de proteger os mais pobres e os mais vulneráveis e impedir cada vez mais pessoas de integrar este quadro de miséria", estimou o responsável da ONU num discurso lido em seu nome pela sua adjunta.
Por sua vez, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, sublinhou que "a violência regressou à Somália".
"A Liga Árabe reconhece igualmente a necessidade de mobilizar o apoio da região a favor da Somália.
As promessas generosas de apoio ao Governo Federal de Transição (TFG) devem ser respeitadas", estimou Moussa.
Do seu lado, o Presidente brasileiro Lula Da Silva, o convidado de honra desta cimeira, saudou os esforços das organizações regionais em África para combater o ressurgimento dos conflitos violentos em África.
"Saudamos o compromisso das organizações regionais em África de fazer face aos conflitos e trabalhar para a paz", disse o líder brasileiro no seu discurso, anunciando que o seu país tenciona implementar novamente com África diferentes projectos de desenvolvimento e industrialização.
Ele aproveitou a oportunidade para criticar algumas potências ocidentais "pela sua cupidez e pela sua influência externa" que estão na origem de vários conflitos no território africano.
"O Brasil não está em África para se livrar do seu passado colonial.
O Brasil quer ser um parceiro no desenvolvimento de África", afirmou.
Os líderes africanos abordaram a questão da paz na região, frisando o risco de ver o Sul Sudão cair de novo na guerra, ou retirar-se do Sudão, "contanto que se faça da unidade uma estratégia objectiva".
Em Março de 2009, soldados assassinaram o Presidente bissau-guineense, que estava em conflito com o chefe do Estado-Maior do Exército, abatido algumas horas antes.
Na Somália, as facções islamitas radicais movem uma guerra contra o Governo do Presidente Sharif Ahmed Aden desde 8 de Maio último.
Os líderes africanos exprimiram a sua preocupação face à amplificação da violência na Somália, onde as milícias islamitas lutam para tirar o Governo do poder.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, representado nestes debates pela sua adjunta, Asha Rose Migiro, advertiu de qualquer tentativa de tomada do poder pela força neste país do Corno de África.
Ban constatou que as mudanças inconstitucionais do poder, que tinham ficado atrás no passado, fizeram o seu regresso a África e os conflitos continuam a ameaçar a vida de vários milhões de pessoas.
"Manifestamente, estamos num momento crítico.
Mais da metade dos Africanos vivem numa pobreza extrema.
Devemos aproveitar esta cimeira para mobilizar e tomar medidas a fim de proteger os mais pobres e os mais vulneráveis e impedir cada vez mais pessoas de integrar este quadro de miséria", estimou o responsável da ONU num discurso lido em seu nome pela sua adjunta.
Por sua vez, o secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, sublinhou que "a violência regressou à Somália".
"A Liga Árabe reconhece igualmente a necessidade de mobilizar o apoio da região a favor da Somália.
As promessas generosas de apoio ao Governo Federal de Transição (TFG) devem ser respeitadas", estimou Moussa.
Do seu lado, o Presidente brasileiro Lula Da Silva, o convidado de honra desta cimeira, saudou os esforços das organizações regionais em África para combater o ressurgimento dos conflitos violentos em África.
"Saudamos o compromisso das organizações regionais em África de fazer face aos conflitos e trabalhar para a paz", disse o líder brasileiro no seu discurso, anunciando que o seu país tenciona implementar novamente com África diferentes projectos de desenvolvimento e industrialização.
Ele aproveitou a oportunidade para criticar algumas potências ocidentais "pela sua cupidez e pela sua influência externa" que estão na origem de vários conflitos no território africano.
"O Brasil não está em África para se livrar do seu passado colonial.
O Brasil quer ser um parceiro no desenvolvimento de África", afirmou.
Os líderes africanos abordaram a questão da paz na região, frisando o risco de ver o Sul Sudão cair de novo na guerra, ou retirar-se do Sudão, "contanto que se faça da unidade uma estratégia objectiva".
Em Março de 2009, soldados assassinaram o Presidente bissau-guineense, que estava em conflito com o chefe do Estado-Maior do Exército, abatido algumas horas antes.
Na Somália, as facções islamitas radicais movem uma guerra contra o Governo do Presidente Sharif Ahmed Aden desde 8 de Maio último.