Burundi eleito a membro de Conselho de Segurança e Paz da União Africana
Bujumbura, Burundi (PANA) - O chefe da diplomacia burundesa, Albert Shingiro, saudou quinta-feira a eleição do seu país a membro do Conselho de Segurança e Paz da União Africana (UA), soube a PAN A de fonte oficial.
“Saúdo esta eleição e, como país contribuinte de tropas para as missões de paz da UA e da ONU (Organização das Nações Unidas), o Burundi continuará a sua contribuição com o objetivo de calar armas no continente africano até 2030”, escreveu Singiro na sua conta do Twitter.
É pelo mesmo canal que a embaixada do Burundi em Addis Abeba, sede da UA, na Etiópia, anunciou a notícia.
"O Burundi foi eleito membro do Conselho de Segurança e Paz da União Africana (UA) para um mandato de dois anos, "sujeito à ratificação pela Conferência dos Chefes de Estado", previsto para sábado e domingo próximos em Addis Abeba, a capital etíope, precisa a mesma fonte.
Esta eleição ocorre em menos de um ano depois da decisão de retirar o Burundi da agenda política do Conselho de Segurança e Paz da UA.
A organização pan-africana decidiu terminar o mandato da missão dos seus observadores dos direitos humanos e dos especialistas militares no Burundi.
Estas decisões foram oficialmente motivadas pelos “significativos progressos registados na situação política e de segurança no Burundi desde o início da crise eleitoral em 2015, segundo a mesma fonte.
A UA foi encorajada pela organização bem-sucedida das eleições gerais em maio de 2020 e pela formação de um novo Governo no Burundi.
Em 2015, o controverso terceiro mandato do então Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, provocou uma grande crise política no país.
As Nações Unidas também decidiram retirar o Burundi da agenda do seu Conselho de Segurança em dezembro de 2020.
Para as Nações Unidas, "a melhoria da situação de segurança no Burundi e as eleições geralmente pacíficas marcaram uma nova fase".
Porém, as relações diplomáticas do Burundi tardam a normalizar do lado dos seus principais parceiros técnicos e financeiros tradicionais da União Europeia
As duas partes retomaram o diálogo em dezembro de 2020, sem, no entanto, chegarem a um acordo comum, em particular no que diz respeito à mobilização e ajudas financeiras, congeladas após a grave crise política e dos direitos humanos dos últimos anos.
-0- PANA FB/IS/MAR/DD 03fevereiro2022