Setor da saúde à beira do colapso na Nigéria com greve à vista
Abuja, Nigéria (PANA) - O setor da saúde na Nigéria está à beira do colapso com os restantes profissionais a ameaçarem juntar-se aos médicos grevistas, se o Governo federal não satisfizer as suas reivindicações.
A Associação Nacional dos Médicos Residentes, (NARD), central sindical dos médicos da Nigéria, iniciou segunda-feira uma greve nacional para exigir aumento salarial.
Os dois principais sindicatos do setor da saúde, designadamente o Sindicato Conjunto dos Profissionais de Saúde (JOHESU) e a Assembleia dos Profissionais de Saúde, declararam à imprensa, em Abuja, que o seu compromisso de resolver as questões através do diálogo foi tomado como garantido pelo Governo.
O presidente do JOHESU, Bio Josiah, que falou em nome dos sindicatos, convidou o secretário de Estado do Trabalho e Produtividade, Festus Keyamo, a retomar as negociações entre eles e o Governo federal porque o ministro responsável, o senador Chris Ngige, ficou alegadamente "comprometido".
As outras reivindicações dos sindicatos são para o pagamento imediato do remanescente do subsídio de risco da covid-19 para os trabalhadores não clínicos das instituições federais de saúde, acordado em 50 por cento do salário base.
Os sindicatos também apelaram aos Estados e aos governos locais que não pagaram os subsídios de covid-19 ao seu pessoal clínico e não clínico do setor da saúde, a fazê-lo sem demora para evitar o colapso do setor.
"Se o Governo federal não cumprir estes requisitos, até à meia-noite de 13 de setembro de 2020, o JOHESU não terá outra escolha senão convocar uma greve de nacional de sete dias pelos nossos associados em todas as instituições federais. As instituições de saúde dos governos estaduais e locais são colocadas em alerta vermelho", advertiu.
Os trabalhadores condenam igualmente o aumento das tarifas de eletricidade e dos preços dos combustíveis, afirmando que isso só irá agravar a pobreza no país.
-0- PANA MON/MA/NFB/BEH/SOC/DIM/IZ 09set2020
