PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
África perde 148 biliões de dólares por ano devido à corrupção
Nouakchott, Mauritânia (PANA) – As perdas de África ligadas à corrupção estão estimadas em 148 biliões de dólares americanos por ano, o que representa 25 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) do continente.
Esta revelação foi feita quinta-feira, em Nouakchott, capital da Mauritânia, pela presidente do Conselho Executivo da União Africana (UA), Louise Mushikiwabo, durante a abertura da 33ª sessão ordinária deste órgão ministerial que dirige.
“Podemos imaginar os benefícios incalculáveis para os nossos povos se esses montantes fossem recuperados e alocados a programas virados para a boa governação, desenvolvimento económico sustentável, paz e estabilidade do continente?”, interrogou-se a chefe da diplomacia ruandesa.
Segundo Louise Mushikiwabo, é para responder a esta e outras questões que a luta contra a corrupção constitui a temática anual da UA e a ser encarada “dentro da mesma visão de eficácia e imputabilidade que caraterizam as medidas de reforma” curso na organização continental.
Na mesma senda, também a Secretária-Geral adjunta das Nações Unidas, Vera Songue, descreveu a corrupção como “um fenómeno antigo e mundial, cujos custos e implicações são multidimensionais e susbstanciais”.
Vencer a corrupção, disse, “é efetivamente uma via sustentável para a prosperidade das populações africanas, como o sugere, a justo título, o tema fortemente apropriado desta sessão”.
“Devemos, por isso, estar conscientes de que o continente não poderá tirar proveito das possibilidades de transformação prometidas pelos diversos quadros de desenvolvimento regionais e mundiais se o flagelo da corrupção persistir”, insistiu.
Vera Songwe, que é igualmente secretária executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), confirmou que os efeitos da corrupção emperram fortemente o ritmo de crescimento e desenvolvimento económico das sociedades, e de forma mais grave ainda nos países africanos.
Exemplificou que o crescimento económico em África nos últimos anos foi em média de três porcento, chegando a um porcento nalgumas regiões, contra seis porcento na Ásia, quando o continente precisa de atingir urgentemente uma taxa de crescimento de dois dígitos para fazer face aos seus desafios.
Ao mesmo tempo, disse, outros fundamentos macroeconómicos continuam frágeis nos países africanos, enquanto a redução da pobreza foi igualmente lenta com o continente a registar uma taxa de pobreza de 81 porcento.
“Cito essas estatísticas porque são importantes para se saber e compreender a dimensão dos esforços que devem ser feitos para vencer a corrupção”, justificou a alta funcionária das Nações Unidas na sua intervenção.
Vera Songwe também descreveu um quadro sombrio no plano mundial, observando que, embora seja difícil mesurar concretamente o custo da corrupção, as estimativas recentes situam-no entre 1,5 a dois triliões de dólares americanos, o equivalente a dois porcento do PIB mundial.
Segundo ainda a secretária-executiva da CEA, o custo económico e social global da corrupção é suscetível de ser mais elevado, já que o suborno “constitui apenas um aspeto das várias formas possíveis da corrupção".
-0- PANA IZ 29junho2018
Esta revelação foi feita quinta-feira, em Nouakchott, capital da Mauritânia, pela presidente do Conselho Executivo da União Africana (UA), Louise Mushikiwabo, durante a abertura da 33ª sessão ordinária deste órgão ministerial que dirige.
“Podemos imaginar os benefícios incalculáveis para os nossos povos se esses montantes fossem recuperados e alocados a programas virados para a boa governação, desenvolvimento económico sustentável, paz e estabilidade do continente?”, interrogou-se a chefe da diplomacia ruandesa.
Segundo Louise Mushikiwabo, é para responder a esta e outras questões que a luta contra a corrupção constitui a temática anual da UA e a ser encarada “dentro da mesma visão de eficácia e imputabilidade que caraterizam as medidas de reforma” curso na organização continental.
Na mesma senda, também a Secretária-Geral adjunta das Nações Unidas, Vera Songue, descreveu a corrupção como “um fenómeno antigo e mundial, cujos custos e implicações são multidimensionais e susbstanciais”.
Vencer a corrupção, disse, “é efetivamente uma via sustentável para a prosperidade das populações africanas, como o sugere, a justo título, o tema fortemente apropriado desta sessão”.
“Devemos, por isso, estar conscientes de que o continente não poderá tirar proveito das possibilidades de transformação prometidas pelos diversos quadros de desenvolvimento regionais e mundiais se o flagelo da corrupção persistir”, insistiu.
Vera Songwe, que é igualmente secretária executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), confirmou que os efeitos da corrupção emperram fortemente o ritmo de crescimento e desenvolvimento económico das sociedades, e de forma mais grave ainda nos países africanos.
Exemplificou que o crescimento económico em África nos últimos anos foi em média de três porcento, chegando a um porcento nalgumas regiões, contra seis porcento na Ásia, quando o continente precisa de atingir urgentemente uma taxa de crescimento de dois dígitos para fazer face aos seus desafios.
Ao mesmo tempo, disse, outros fundamentos macroeconómicos continuam frágeis nos países africanos, enquanto a redução da pobreza foi igualmente lenta com o continente a registar uma taxa de pobreza de 81 porcento.
“Cito essas estatísticas porque são importantes para se saber e compreender a dimensão dos esforços que devem ser feitos para vencer a corrupção”, justificou a alta funcionária das Nações Unidas na sua intervenção.
Vera Songwe também descreveu um quadro sombrio no plano mundial, observando que, embora seja difícil mesurar concretamente o custo da corrupção, as estimativas recentes situam-no entre 1,5 a dois triliões de dólares americanos, o equivalente a dois porcento do PIB mundial.
Segundo ainda a secretária-executiva da CEA, o custo económico e social global da corrupção é suscetível de ser mais elevado, já que o suborno “constitui apenas um aspeto das várias formas possíveis da corrupção".
-0- PANA IZ 29junho2018