PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA adverte Burundi
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) advertiu o Burundi, que aceitou dialogar com os seus diferentes opositores políticos mas recusa o envio de tropas estrangeiras ao seu território para proteger as principais personalidades do Estado e fazer cessar os assassinatos de opositores políticos.
« Nós encorajamos os Estados a respeitar as decisões da UA. É a nossa organização e serviu-nos bem », declarou quinta-feira última a comissária da UA para os Assuntos Políticos, Aisha Abdullah, respondendo a perguntas sobre a recusa do Burundi de aceitar a decisão da organização de enviar um contingente ao país.
Segundo o chefe da diplomacia burundesa, Alain Nyamitwe, o Burundi está pronto para aceitar negociações com os seus rivais a fim de restabelecer a normalidade no país, mas não negociará sobre a proposta de envio de soldados da UA.
"No que diz respeito à questão do diálogo nacional estamos abertos, mas nós devemos trabalhar nas modalidades para que participemos nele num clima muito aceitável para o diálogo nacional que vai iniciar-se no país", declarou Nyamitwe à PANA.
“Sobre a questão de envio dum contingente, a nossa posição é clara », acrescentou o ministro burundês dos Negócios Estrangeiros.
Os líderes africanos, que já estão em Addis Abeba por ocasião da 26ª Cimeira da UA, realizarão uma reunião do Conselho de Paz e Segurança (CPS) esta sexta-feira para discutir sobre a crise política no Burundi.
A crise política no Burundi intensificou-se após a controversa reeleição do Presidente Pierre Nkurunziza. As eleições foram organizadas sem o aval político da UA e na ausência de observadores da organização pan-africana.
Segundo Abdullahi, enquanto África registou reais progressos no plano político com a organização com sucesso de 16 eleições em 2015, as eleições no Burundi foram um fracasso total, pois ignoraram a diversidade nacional.
« A cimeira do CPS discutirá sobre as vias e os meios de pôr termo à crise no Burundi », explicou a comissária da UA à imprensa durante uma conferência nas vésperas da cimeira prevista para sábado.
Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas deslocaram-se recentemente a Bujumbura para discutir sobre o envio potencial de soldados para ajudar a pôr termo à violência crescente no Burundi.
Eles deslocaram-se igualmente a Addis Abeba para se reunir com o comissário da UA para a Paz e Segurança, Smail Chergui, com vista a debater sobre a crise no Burundi.
O Instituto para Estudos de Segurança (ISS) declarou, num relatório publicado quinta-feira, que o Conselho de Segurança está a estudar o envio de soldados da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo para cessar a violência no Burundi.
Segundo os peritos, quando a UA aprovou a proposta de envio duma missão de manutenção da paz ao Burundi para fazer cessar a violência ela não esperava a recusa do Governo burundês.
A UA propõe o envio deste contingente para impedir a agravação da situação, proteger os civis e reunir as condiçõers dum diálogo de paz.
No entanto, segundo analistas do ISS, esta seria a primeira vez que uma missão da UA seria autorizada sem a aprovação direta dum Estado-membro graças às disposições do Capítulo 04 da Ata Constitutiva da UA, que continua a ser a força motriz da unidade continental.
-0- PANA AO/MA/NFB/JSG/FK/TON 29jan2016
« Nós encorajamos os Estados a respeitar as decisões da UA. É a nossa organização e serviu-nos bem », declarou quinta-feira última a comissária da UA para os Assuntos Políticos, Aisha Abdullah, respondendo a perguntas sobre a recusa do Burundi de aceitar a decisão da organização de enviar um contingente ao país.
Segundo o chefe da diplomacia burundesa, Alain Nyamitwe, o Burundi está pronto para aceitar negociações com os seus rivais a fim de restabelecer a normalidade no país, mas não negociará sobre a proposta de envio de soldados da UA.
"No que diz respeito à questão do diálogo nacional estamos abertos, mas nós devemos trabalhar nas modalidades para que participemos nele num clima muito aceitável para o diálogo nacional que vai iniciar-se no país", declarou Nyamitwe à PANA.
“Sobre a questão de envio dum contingente, a nossa posição é clara », acrescentou o ministro burundês dos Negócios Estrangeiros.
Os líderes africanos, que já estão em Addis Abeba por ocasião da 26ª Cimeira da UA, realizarão uma reunião do Conselho de Paz e Segurança (CPS) esta sexta-feira para discutir sobre a crise política no Burundi.
A crise política no Burundi intensificou-se após a controversa reeleição do Presidente Pierre Nkurunziza. As eleições foram organizadas sem o aval político da UA e na ausência de observadores da organização pan-africana.
Segundo Abdullahi, enquanto África registou reais progressos no plano político com a organização com sucesso de 16 eleições em 2015, as eleições no Burundi foram um fracasso total, pois ignoraram a diversidade nacional.
« A cimeira do CPS discutirá sobre as vias e os meios de pôr termo à crise no Burundi », explicou a comissária da UA à imprensa durante uma conferência nas vésperas da cimeira prevista para sábado.
Membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas deslocaram-se recentemente a Bujumbura para discutir sobre o envio potencial de soldados para ajudar a pôr termo à violência crescente no Burundi.
Eles deslocaram-se igualmente a Addis Abeba para se reunir com o comissário da UA para a Paz e Segurança, Smail Chergui, com vista a debater sobre a crise no Burundi.
O Instituto para Estudos de Segurança (ISS) declarou, num relatório publicado quinta-feira, que o Conselho de Segurança está a estudar o envio de soldados da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo para cessar a violência no Burundi.
Segundo os peritos, quando a UA aprovou a proposta de envio duma missão de manutenção da paz ao Burundi para fazer cessar a violência ela não esperava a recusa do Governo burundês.
A UA propõe o envio deste contingente para impedir a agravação da situação, proteger os civis e reunir as condiçõers dum diálogo de paz.
No entanto, segundo analistas do ISS, esta seria a primeira vez que uma missão da UA seria autorizada sem a aprovação direta dum Estado-membro graças às disposições do Capítulo 04 da Ata Constitutiva da UA, que continua a ser a força motriz da unidade continental.
-0- PANA AO/MA/NFB/JSG/FK/TON 29jan2016