PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Rwanda pronto para julgar ex-Presidente tchadiano Hissene Habré
Bruxelas, Bélgica (PANA) - O Rwanda está pronto para julgar o antigo Presidente tchadiano, Hissene Habré, declarou sexta-feira em Bruxelas o ministro rwandês da Justiça, Tharcisse Karugarama.
"Somos perfeitamente capazes de organizar o processo judicial contra Hissene Habré dentro das regras e o julgamento terá um valor exemplar para todo o continente africano", disse o govrnante rwandês numa entrevista exclusiva ao jornal belga "Le Soir".
O caso Hissene Habré estava na agenda da última cimeira da União Africana (UA) em Malabo, na Guiné Equatorial, durante a qual os chefes de Estado africanos reafirmaram a sua recusa que o antigo Presidente tchadiano fosse julgado fora de África.
O Rwanda propôs-se então a organizar o julgamento de Habré, acusado de crimes contra a humanidade por Belgas de origem tchadiana residentes na Bélgica, vítimas de torturas cometidas no Tchad sob o seu regime de 1982 a 1990.
O Senegal, onde vive em exílio Hissène Habré desde 1990, estava disposto a organizar o processo, mas não pôde mobilizar os 27 milhões de dólares americanos reclamados para o efeito à comunidade internacional.
Em Bruxelas, nos meios políticos e judiciários, observadores duvidam seriamente das capacidades do Rwanda de organizar um tal processo que exige nomeadamente a presença de várias dezenas de testemunhas provenientes do Tchad cuja maioria apenas fala línguas locais do seu país, e para os quais precisar-se-á de tradutores juramentados, sem falar dos advogados das associações das vítimas que serão pagos pelo país organizador.
Deste ponto de vista, analistas já prevêm um impasse quanto à organização deste processo pelo Rwanda.
-0- PANA AK/TBM/SOC/CJB/DD 15out2011
"Somos perfeitamente capazes de organizar o processo judicial contra Hissene Habré dentro das regras e o julgamento terá um valor exemplar para todo o continente africano", disse o govrnante rwandês numa entrevista exclusiva ao jornal belga "Le Soir".
O caso Hissene Habré estava na agenda da última cimeira da União Africana (UA) em Malabo, na Guiné Equatorial, durante a qual os chefes de Estado africanos reafirmaram a sua recusa que o antigo Presidente tchadiano fosse julgado fora de África.
O Rwanda propôs-se então a organizar o julgamento de Habré, acusado de crimes contra a humanidade por Belgas de origem tchadiana residentes na Bélgica, vítimas de torturas cometidas no Tchad sob o seu regime de 1982 a 1990.
O Senegal, onde vive em exílio Hissène Habré desde 1990, estava disposto a organizar o processo, mas não pôde mobilizar os 27 milhões de dólares americanos reclamados para o efeito à comunidade internacional.
Em Bruxelas, nos meios políticos e judiciários, observadores duvidam seriamente das capacidades do Rwanda de organizar um tal processo que exige nomeadamente a presença de várias dezenas de testemunhas provenientes do Tchad cuja maioria apenas fala línguas locais do seu país, e para os quais precisar-se-á de tradutores juramentados, sem falar dos advogados das associações das vítimas que serão pagos pelo país organizador.
Deste ponto de vista, analistas já prevêm um impasse quanto à organização deste processo pelo Rwanda.
-0- PANA AK/TBM/SOC/CJB/DD 15out2011