Mais de 140.000 refugiados burundeses esperados em 2021 no Burundi
Bujumbura, Burundi (PANA) - Cento e quarenta e dois mil 890 Burundeses regressarão ao seu país em 2021, anunciou em Burujumbura Abdul Karim Ghoul, representante-residente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Ghoul fez este anúncio terça-feira de manhã após uma reunião com o chefe do Estado burundês, Evariste Ndayishimiye.
Os dois interlocutores comprometeram-se a conjugar esforços para resolverem a crise dos refugiados burundeses, pós a paz e estabilidade já voltaram ao seu país de origem.
O repatriamento deverá ter em conta ameaças da pandemia do coronavírus (covid-19), concluíram os dois responsáveis.
Os refugiados burundeses estimavam-se em cerca de meio milhão, no auge da crise eleitoral de 2015, que os levou a fugirem do seu país, refere-se.
Em 2020, mais de 290 mil Burundeses ainda tinham o estatuto de refugiados, incluindo 147 mil 748 na Tanzânia, 65 mil 37 no Rwanda, 49 mil 728 no Uganda e 46 mil 829 na República Democrática do Congo.
Dados do ACNUR indicam que, até 31 de dezembro último, 123 mil destes indivíduos tinham regressado à casa em 270 caravanas, incluindo 110 mil provenientes da vizinha Tanzânia.
O repatriamento voluntário teve início em 2017, e 80 por cento dos regressados são mulheres e crianças.
Após as eleições gerais de maio último, houve um interesse crescente no regresso voluntário destes cidadãos residentes em vários países estrangeiros.
Quando chegam ao Burundi, são entregues dinheiro, bens de primeira necessidade, nomeadamente alimentos, a cada família repatriada.
O plano regional 2019-2020 para os refugiados burundeses previa uma ajuda financeira no valor de 296 milhões de dólares para necessidades de abrigo, cuidados de saúde e a educação.
A resposta de doadores foi apenas de 38 por cento deste montante de que precisa o ACNUR, segundo seus relatórios.
-0- PANA FB/IS/SOC/DIM/DD 03fevereiro2021