PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Criação da Universidade Pan-Africana na agenda da cimeira da UA
Malabo, Guiné Equatorial (PANA) – O projeto da União Africana (UA) de criar uma Universidade Pan-Africana (PAU), de satisfazer as necessidades do continente em matéria de desenvolvimento e de injetar uma mão-de-obra altamente qualificada nos setores económico, político e sociocultural, estarão no centro da XVII cimeira dos chefes de Estado e Governo africanos iniciada esta quinta-feira em Malabo.
A cimeira de dois dias é organizada sob o lema «Acelerar a Autonomização dos Jovens para o Desenvolvimento Sustentável », que visa fornecer um melhor clima e conhecimento à juventude africana para excelar nos seus domínios de atividades e contribuir de forma significativa para a paz, a segurança, o crescimento socioeconómico e o desenvolvimento sustentável do continente, daí que o tema não seja escolhido por acaso.
A crise nos países norte-africanos, provocada em grande parte pelo desemprego dos jovens, serviu de advertência precoce às outras nações africanas para agir rapidamente no sentido da criação de empregos tão desejados para as suas populações, essencialmente jovens, sob pena de fazer face a uma crise similar.
As estatísticas sublinham que os jovens devem ter um emprego remunerado para evitar a crise.
A Tunísia, donde partiu a « Primavera árabe », tem uma população estimada (em 2009) em 10 milhões 420 mil 400 habitantes, maioritariamente jovens com menos de 30 anos de idade, ou seja 51 porcento deste universo.
No Egito, abalado pela revolução similar à da Tunísia, os jovens com menos de 30 anos de idade, representam 61 porcento da população cifrada em 90 milhões de habitantes em 2010..
A percentagem é mesmo mais elevada num país como a Nigéria, o país mais povoado de África, onde 64,5 porcento da população têm menos de 30 anos de idade, uma situação largamente comparável com outras nações africanas.
Assim, a explosão destes países é apenas uma questão de tempo se nenhum esforço for envidado não somente para criar empregos mas também para dotar os jovens de conhecimentso necessários para serem competentes num mundo cada vez mais competitivo.
A criação da PAU inscreve-se em parte no quadro dos esforços para satisfazer as necessidades de reforço das capacidades das jovens gerações africanas atuais e futuras, um projeto ambicioso da Comissão da União Africana (CUA), aprovado pela Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo africanos.
A PAU compreende cinco Institutos que correspondem a cinco domínios temáticos julgados pertinentes para o desenvolvimento e o crescimento da juventude africana, designadamente as Ciências Espaciais, as Ciências Hidráulicas e Energéticas (incluindo a mudança climática), as Ciências Fundamentais, a Tecnologia e a Inovação, as Ciências da Vida e da Terra (incluindo a saúde e a agricultura), mas também a Governação e as Ciências Humanas e Sociais.
Os cinco Institutos serão implantados nas cinco regiões de África, designadamente a África Setentrional, a África Ocidental, a África Central, a África Oriental e a África Austral, e cada instituto terá uma rede de Centros espalhados pelo continente de acordo com os domínios temáticos supracitados.
Os ministros africanos da Educação, que se reuniram a 13 de maio de 2011 em Nairobi, no Quénia, sob a égide da Conferência dos Ministros da Educação da União Africana (COMEDAF), já prepararam pormenores do lançamento da PAU.
O desafio situa-se agora a nível da Assembleia dos Chefes de Estado e Governo, a que serão submetidos estes pormenores durante a cimeira na Guiné Equatorial a fim de acelerar o processo de criação da Universidade Pan-Africana.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/FK/DD 30junho2011
A cimeira de dois dias é organizada sob o lema «Acelerar a Autonomização dos Jovens para o Desenvolvimento Sustentável », que visa fornecer um melhor clima e conhecimento à juventude africana para excelar nos seus domínios de atividades e contribuir de forma significativa para a paz, a segurança, o crescimento socioeconómico e o desenvolvimento sustentável do continente, daí que o tema não seja escolhido por acaso.
A crise nos países norte-africanos, provocada em grande parte pelo desemprego dos jovens, serviu de advertência precoce às outras nações africanas para agir rapidamente no sentido da criação de empregos tão desejados para as suas populações, essencialmente jovens, sob pena de fazer face a uma crise similar.
As estatísticas sublinham que os jovens devem ter um emprego remunerado para evitar a crise.
A Tunísia, donde partiu a « Primavera árabe », tem uma população estimada (em 2009) em 10 milhões 420 mil 400 habitantes, maioritariamente jovens com menos de 30 anos de idade, ou seja 51 porcento deste universo.
No Egito, abalado pela revolução similar à da Tunísia, os jovens com menos de 30 anos de idade, representam 61 porcento da população cifrada em 90 milhões de habitantes em 2010..
A percentagem é mesmo mais elevada num país como a Nigéria, o país mais povoado de África, onde 64,5 porcento da população têm menos de 30 anos de idade, uma situação largamente comparável com outras nações africanas.
Assim, a explosão destes países é apenas uma questão de tempo se nenhum esforço for envidado não somente para criar empregos mas também para dotar os jovens de conhecimentso necessários para serem competentes num mundo cada vez mais competitivo.
A criação da PAU inscreve-se em parte no quadro dos esforços para satisfazer as necessidades de reforço das capacidades das jovens gerações africanas atuais e futuras, um projeto ambicioso da Comissão da União Africana (CUA), aprovado pela Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo africanos.
A PAU compreende cinco Institutos que correspondem a cinco domínios temáticos julgados pertinentes para o desenvolvimento e o crescimento da juventude africana, designadamente as Ciências Espaciais, as Ciências Hidráulicas e Energéticas (incluindo a mudança climática), as Ciências Fundamentais, a Tecnologia e a Inovação, as Ciências da Vida e da Terra (incluindo a saúde e a agricultura), mas também a Governação e as Ciências Humanas e Sociais.
Os cinco Institutos serão implantados nas cinco regiões de África, designadamente a África Setentrional, a África Ocidental, a África Central, a África Oriental e a África Austral, e cada instituto terá uma rede de Centros espalhados pelo continente de acordo com os domínios temáticos supracitados.
Os ministros africanos da Educação, que se reuniram a 13 de maio de 2011 em Nairobi, no Quénia, sob a égide da Conferência dos Ministros da Educação da União Africana (COMEDAF), já prepararam pormenores do lançamento da PAU.
O desafio situa-se agora a nível da Assembleia dos Chefes de Estado e Governo, a que serão submetidos estes pormenores durante a cimeira na Guiné Equatorial a fim de acelerar o processo de criação da Universidade Pan-Africana.
-0- PANA SEG/NFB/JSG/FK/DD 30junho2011