PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA saúda autorização de tratamento experimental contra Ébola
Addis Abeba, Etiópia (PANA) - A União Africana (UA) congratulou-se com a autorização de utilização dum medicamento experimental contra o vírus do Ébola, o ZMAPP, insistindo que o consentimento dos pacientes e os efeitos secundários deste remédio devem ser considerados ao ser proposto num continente onde os serviços médicos figuram ainda entre os menos eficazes do mundo.
« Este tratamento experimental foi administrado a pacientes norte-americanos. Os resultados mostram que os centros norte-americanos foram mais eficazes na gestão dos efeitos secundários destes medicamentos. Será que podemos dizer o mesmo das estruturas de saúde que vão tratar as duas mil pessoas que estão expostas em África”, interrogou-se o comissário da UA para os Assuntos Sociais, Mustapha Kaloko.
Pelo menos mil pessoas morreram devido à epidemia do vírus do Ébola na África Ocidental.
O Canadá, onde um laboratório público produz este medicamento, ofereceu mil doses deste tratamento experimental contra a doença do vírus do Ébola que causou pelo menos mil mortos na África Ocidental.
Mustapha Kaloko indicou que a sua organização está a trabalhar em concerto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para tomar medidas de controlo eficazes.
Ele disse que era muito cedo determinar se os Estados da África Ocidental afetados pelo vírus poderão garantir uma administração destes medicamentos com segurança.
O Comité de Ética da OMS aprovou o uso deste tratamento experimental terça-feira, indicando que o número elevado de mortes suscitou apelos para a aprovação deste medicamento para salvar vidas e conter a epidemia.
« A OMS não é responsável pela distribuição do ZMAPP. Operamos num contexto excecional. A proposta de utilização dum tratamento experimental depende da taxa de mortalidade”, declarou o representante da OMS na Etiópia, Pierre M’Pele-Kilebou.
"O número de pessoas que morrem depois de contrair o vírus (taxa de letalidade) poderia atingir 100 porcento. Nós deveremos regozijar-nos com a acessibilidade dum tratamento que pode salvar várias vidas », indicou o representante da OMS.
O Comité de Ética da OMS notou que, apesar dos esforços para finalizar vacinas experimentais contra o vírus do Ébola, a inocuidade das suas vacinas não foi provada para os homens.
A UA anunciou ter preparado uma nota de informação que será distribuída a todos os Estados.
O Botswana reagiu ao alerta oferecendo 200 mil dólares americanos para financiar as medidas de riposta contra a febre de Ébola.
“A riposta internacional foi totalmente eficaz. A OMS, o Banco Mundial (BM) e a Cruz Vermelha reagiram em regiões onde os sistemas sanitários são fracos. Devemos reforçar as capacidades das instituições sanitárias para reagir”, declarou Kaloko durante uma conferência de imprensa.
Os líderes africanos vão participar de 3 a 7 de setembro próximo numa cimeira da UA em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, para prometer uma ajuda de emergência de 100 milhões de dólares amricanos para financiar a riposta contra o vírus do Ébola.
Segundo a UA, a taxa de propagação da febre de Ébola na África Ocidental poderá aumentar com um acréscimo das mortes, pois os pacientes receiam informar a sua infeção devido à estigmatização.
Por outro lado, a UA anunciou que a administração do tratamento experimental dependerá da sua disponibilidade.
Segundo Kaloko, o consentimento dos pacientes e o estudo dos efeitos secundários do medicamentos são elementos essenciais que devem ser considerados, tendo em conta a taxa de mortalidade que oscila em torno de 90 porcento e que necessita de atenção urgente.
« Entrar em pânico não resolverá as coisas. Devemos explicar aos países o que é preciso fazer e intensificar os nossos trabalhos de pesquisa para conter a transmissão do vírus do animal ao homem”, explicou Kaloko.
O embaixador adjunto do Burkina Faso na Etiópia e junto da UA, Amidou Touré, cujo país está pronto para acolher a cimeira que vai discutir sobre a criação de empregos e questões relativas ao acesso aos serviços de saúde, indicou que este último concluiu um acordo com a Côte d’Ivoire para reforçar as medidas conjuntas de luta contra o vírus do Ébola.
Segundo o diplomata, centros de despistagem foram instalados e sistemas de controlo eficazes já estão preparados para os viajantes provenientes dos países afetados.
-0- PANA AO/VAO/FJG/BEH/FK/TON 13agosto2014
« Este tratamento experimental foi administrado a pacientes norte-americanos. Os resultados mostram que os centros norte-americanos foram mais eficazes na gestão dos efeitos secundários destes medicamentos. Será que podemos dizer o mesmo das estruturas de saúde que vão tratar as duas mil pessoas que estão expostas em África”, interrogou-se o comissário da UA para os Assuntos Sociais, Mustapha Kaloko.
Pelo menos mil pessoas morreram devido à epidemia do vírus do Ébola na África Ocidental.
O Canadá, onde um laboratório público produz este medicamento, ofereceu mil doses deste tratamento experimental contra a doença do vírus do Ébola que causou pelo menos mil mortos na África Ocidental.
Mustapha Kaloko indicou que a sua organização está a trabalhar em concerto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para tomar medidas de controlo eficazes.
Ele disse que era muito cedo determinar se os Estados da África Ocidental afetados pelo vírus poderão garantir uma administração destes medicamentos com segurança.
O Comité de Ética da OMS aprovou o uso deste tratamento experimental terça-feira, indicando que o número elevado de mortes suscitou apelos para a aprovação deste medicamento para salvar vidas e conter a epidemia.
« A OMS não é responsável pela distribuição do ZMAPP. Operamos num contexto excecional. A proposta de utilização dum tratamento experimental depende da taxa de mortalidade”, declarou o representante da OMS na Etiópia, Pierre M’Pele-Kilebou.
"O número de pessoas que morrem depois de contrair o vírus (taxa de letalidade) poderia atingir 100 porcento. Nós deveremos regozijar-nos com a acessibilidade dum tratamento que pode salvar várias vidas », indicou o representante da OMS.
O Comité de Ética da OMS notou que, apesar dos esforços para finalizar vacinas experimentais contra o vírus do Ébola, a inocuidade das suas vacinas não foi provada para os homens.
A UA anunciou ter preparado uma nota de informação que será distribuída a todos os Estados.
O Botswana reagiu ao alerta oferecendo 200 mil dólares americanos para financiar as medidas de riposta contra a febre de Ébola.
“A riposta internacional foi totalmente eficaz. A OMS, o Banco Mundial (BM) e a Cruz Vermelha reagiram em regiões onde os sistemas sanitários são fracos. Devemos reforçar as capacidades das instituições sanitárias para reagir”, declarou Kaloko durante uma conferência de imprensa.
Os líderes africanos vão participar de 3 a 7 de setembro próximo numa cimeira da UA em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, para prometer uma ajuda de emergência de 100 milhões de dólares amricanos para financiar a riposta contra o vírus do Ébola.
Segundo a UA, a taxa de propagação da febre de Ébola na África Ocidental poderá aumentar com um acréscimo das mortes, pois os pacientes receiam informar a sua infeção devido à estigmatização.
Por outro lado, a UA anunciou que a administração do tratamento experimental dependerá da sua disponibilidade.
Segundo Kaloko, o consentimento dos pacientes e o estudo dos efeitos secundários do medicamentos são elementos essenciais que devem ser considerados, tendo em conta a taxa de mortalidade que oscila em torno de 90 porcento e que necessita de atenção urgente.
« Entrar em pânico não resolverá as coisas. Devemos explicar aos países o que é preciso fazer e intensificar os nossos trabalhos de pesquisa para conter a transmissão do vírus do animal ao homem”, explicou Kaloko.
O embaixador adjunto do Burkina Faso na Etiópia e junto da UA, Amidou Touré, cujo país está pronto para acolher a cimeira que vai discutir sobre a criação de empregos e questões relativas ao acesso aos serviços de saúde, indicou que este último concluiu um acordo com a Côte d’Ivoire para reforçar as medidas conjuntas de luta contra o vírus do Ébola.
Segundo o diplomata, centros de despistagem foram instalados e sistemas de controlo eficazes já estão preparados para os viajantes provenientes dos países afetados.
-0- PANA AO/VAO/FJG/BEH/FK/TON 13agosto2014