PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA "entende" dificuldade do Malawi para albergar cimeira
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – A União Africana (UA) afirma entender a dificuldade do Malawi que renunciou recentemente a organizar a cimeira da UA prevista para julho próximo por não ter convidado o Presidente sudanês, Omar El Bashir, acusado de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).
"Do nosso ponto de vista, entendemos a situação do Malawi e tomamos as disposições necessárias para que a cimeira retorne a Addis Abeba", disse o vice-presidente da Comissão da UA, Erastus Mwencha, numa entrevista concedida à direção da informação e comunicação da Comissão da qual a PANA recebeu uma cópia.
Mwencha reconheceu que o Malawi está confrontado com um "desafio particular" em relação à participação do Presidente El Bashir, nomeadamente depois de o país (o Malawi) informar que a participação do Presidente El Bashir na cimeira do COMESA (Mercado Comum para a África Oriental e Austral) em Lilongwe levou o TPI a exprimir o seu desacordo com o país anfitrião.
Todavia, segundo ainda Mwencha, a UA não vai apoiar um país que impede o Sudão de participar numa cimeira da organização.
"Para nós, na União Africana, relativamente ao Sudão, este não foi suspenso, o Sudão é um membro da UA. O Sudão tem o direito de participar na cimeira", sublinhou.
O vice-presidente da Comissão da UA recordou o desacordo da UA com o TPI relativamente ao momento e à maneira como acusou o Presidente el Bashir, bem como a decisão da UA de não cooperar com o TPI para deter um Presidente em exercício.
Explicou que a decisão de deslocar a reunião de Lilongwe para Addis Abeba, na sede da UA, estava em conformidade com as regras de procedimento da organização no que diz respeito à realização das reuniões.
As regras prevêm que "se um Estado tiver proposto acolher a cimeira e, por qualquer razão, não esteja mais em concições de a realizar, a reunião é automaticamente organizada na sede", disse Mwencha.
Por sua vez, a Presidente do Malawi Joyce Banda disse que respeitava a decisão da UA de deslocar a reunião.
"Gostaria de dizer, enquanto Presidente do Malawi, que respeito a decisão da União Africana de deslocar a cimeira do Malawi para Addis Abeba e para mim é o que é primordial. O que conta é antes o Malawi", disse durante uma conferência de imprensa em Blantyre no seu regresso da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
"Por mim, respeito o Presidente el-Bashir e respeito-o enquanto chefe de Estado do Sudão. Todavia eu sou a Presidente do Malawi e o meu problema, atualmente, o meu principal programa é a recuperação económica do Malawi", acrescentou.
Os principais doadores ocidentais do Malawi, nomeadamente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, disseram claramente que não aprovariam qualquer país que acolhesse o Presidente Bashir sem o deter e entregá-lo ao TPI.
O Congresso norte-americano votou recentemente uma resolução que ordena a supressão de toda a ajuda dos Estados Unidos a tais países.
-0- PANA SEG/RT/SEG/NFB/AAS/SOC/CJB/IZ 24junho2012
"Do nosso ponto de vista, entendemos a situação do Malawi e tomamos as disposições necessárias para que a cimeira retorne a Addis Abeba", disse o vice-presidente da Comissão da UA, Erastus Mwencha, numa entrevista concedida à direção da informação e comunicação da Comissão da qual a PANA recebeu uma cópia.
Mwencha reconheceu que o Malawi está confrontado com um "desafio particular" em relação à participação do Presidente El Bashir, nomeadamente depois de o país (o Malawi) informar que a participação do Presidente El Bashir na cimeira do COMESA (Mercado Comum para a África Oriental e Austral) em Lilongwe levou o TPI a exprimir o seu desacordo com o país anfitrião.
Todavia, segundo ainda Mwencha, a UA não vai apoiar um país que impede o Sudão de participar numa cimeira da organização.
"Para nós, na União Africana, relativamente ao Sudão, este não foi suspenso, o Sudão é um membro da UA. O Sudão tem o direito de participar na cimeira", sublinhou.
O vice-presidente da Comissão da UA recordou o desacordo da UA com o TPI relativamente ao momento e à maneira como acusou o Presidente el Bashir, bem como a decisão da UA de não cooperar com o TPI para deter um Presidente em exercício.
Explicou que a decisão de deslocar a reunião de Lilongwe para Addis Abeba, na sede da UA, estava em conformidade com as regras de procedimento da organização no que diz respeito à realização das reuniões.
As regras prevêm que "se um Estado tiver proposto acolher a cimeira e, por qualquer razão, não esteja mais em concições de a realizar, a reunião é automaticamente organizada na sede", disse Mwencha.
Por sua vez, a Presidente do Malawi Joyce Banda disse que respeitava a decisão da UA de deslocar a reunião.
"Gostaria de dizer, enquanto Presidente do Malawi, que respeito a decisão da União Africana de deslocar a cimeira do Malawi para Addis Abeba e para mim é o que é primordial. O que conta é antes o Malawi", disse durante uma conferência de imprensa em Blantyre no seu regresso da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos.
"Por mim, respeito o Presidente el-Bashir e respeito-o enquanto chefe de Estado do Sudão. Todavia eu sou a Presidente do Malawi e o meu problema, atualmente, o meu principal programa é a recuperação económica do Malawi", acrescentou.
Os principais doadores ocidentais do Malawi, nomeadamente a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, disseram claramente que não aprovariam qualquer país que acolhesse o Presidente Bashir sem o deter e entregá-lo ao TPI.
O Congresso norte-americano votou recentemente uma resolução que ordena a supressão de toda a ajuda dos Estados Unidos a tais países.
-0- PANA SEG/RT/SEG/NFB/AAS/SOC/CJB/IZ 24junho2012