Rwanda confirma retirada de dois diplomatas belgas
Kigali, Rwanda (PANA) - Dois diplomatas belgas acreditados, no Rwanda, foram convocados pelo seu Governo, após terem organizado uma homenagem não oficial, a 6 de abril, na véspera da comemoração do dia do genocídio rwandês, revelou quarta-feira a imprensa local.
O Governo rwandês protestou junto do Governo belga na sequência da comemoração em causa e os diplomatas foram convocados, segundo o diretor-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros para a Europa, Américas e Organizações Internacionais, Guillaume Kavaruganda.
Os diplomatas belgas expulsos são o primeiro secretário e o adido militar da Embaixada, precisou a fonte citada pela imprensa local.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, em Kigali, reafirmou que a homenagem nacional às vítimas do genocídio rwandês de 1994 contra os Tutsis ocorreu a 7 de abril e que outras cerimónias são organizadas pelas partes interessadas, em coordenação com as autoridades nacionais.
"Alguns símbolos-chave das cerimónias de comemoração, como meia-haste da bandeira nacional, estão previstos por lei e a sua utilização deve, por conseguinte, seguir o procedimento adequado", explicou.
Todos os anos, é realizada uma cerimónia, em Kigali, para prestar homenagem aos 10 soldados de manutenção da paz belgas mortos nas primeiras horas do genocídio.
Pouco depois do início do genocídio, a 7 de abril, a então primeira-ministra do Rwanda, Agathe Uwilingiyimana, e os 10 soldados das forças de manutenção da paz que a protegiam foram brutalmente assassinados por soldados governamentais rwandeses.
-0- PANA TWA/MA/NFB/DIM/IZ 03junho2020