PM líbio efetua visita oficial ao Senegal
Trípoli, Líbia (PANA) - O primeiro-ministro líbio do Governo de Unidade Nacional, Abdelhamid al-Dbaiba, efectuará uma visita oficial ao Senegal a convite do Presidente senegalês, Macky Sall, por outro lado, Presidente em exercício da União Africana (UA), anunciou no domingo, o porta-voz do Governo líbio, Mohamed Hammouda.
Numa breve declaração, no domingo, ao canal da televisão privada líbio "Libya Al-Ahrar", o Hammouda indicou que o primeiro-ministro será acompanhado por uma delegação ministerial, sem contudo precisar a data desta visita.
Na quinta-feira passada, lembra-se, o Presidente senegalês, Macky Sall, que assegura atualmente a presidência rotativa da UA, recebeu o novo Representante do Secretário-Geral da ONU e chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), o Senegalês, Abdoulaye Bathily, reservando-lhe assim a sua primeira atividade diplomática, uma semana após a sua nomeação.
Um comunicado da Presidência senegalesa precisou que o Bathily se encontrou com Macky Sall, com quem, "ele solicitou conselhos (...) para o êxito da sua missão, tendo em conta a complexidade da crise líbia".
Nota-se que o Governo líbio de unidade nacional formulou através do seu delegado junto das Nações Unidas, Taher el-Sonni, reservas contra a nomeação de Aboulaye Bathily, antes de voltar à sua posição, facilitando assim a confirmação do Senegalês pelo Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, como o primeiro africano a ocupar este cargo desde a criação em 2011 da MANUL depois da revolução de 17 de fevereiro que derrubou o regime do coronel Muammar Kadafi.
Além disso, a União Africana está cada vez mais empenhada em ser mais associada à questão da Líbia e em desempenhar um papel de liderança
Esta vontade traduziu-se, nos últimos anos, pelo empenho dos responsáveis da organização continental, particularmente, no seio do Alto Comité da União Africana sobre a Líbia, que elaborou um roteiro e prevê em colaboração com o Conselho presidencial líbio, de organizar uma Conferência de reconciliação na Líbia para marcar o terreno para um apaziguamento susceptível de facilitar a aproximação dos pontos de vista dos líbios.
A crise líbia é marcada pela existência de dois governos rivais, o do Governo de Unidade Nacional do primeiro-ministro, Abdelhamid al-Dbaiba, e o do Governo designado pelo Parlamento, Fathi Bachagha, aumentando a tensão no país com confrontos armados diretos entre grupos armados que apoiam os dois campos, dos quais o último data de 27 de agosto passado, com 44 mortos e 159 feridos.
Esta situação decorre do impasse total em que o país se encontra após o adiamento das eleições de 24 de Dezembro último e do fracasso de uma mediação das Nações Unidas entre o Parlamento e o Alto Conselho de Estado para relançar o processo eleitoral, mas que ainda se bloqueia na questão da elegibilidade dos binacionais e dos militares.
Os esforços atuais da comunidade internacional e das Nações Unidas visam relançar o processo eleitoral, adoptando um calendário preciso, fixando uma data para eleições gerais o mais rapidamente possível com base num quadro jurídico consensual, Assegurando o reconhecimento dos resultados por todas as partes líbias
-0- PANA BY/JSG/DIM/MAR 12setembro 2022