ONU condena ataques sucessivos na R.Centro-africana
Bangui, R.Centroafricana (PANA) - A Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-africana (MINUSCA) condenou com veemência ataques sucessivos perpetrados sábado e domingo últimos por grupos armados, em Damara e Bangassou.
"Se sombra de dúvidas, todos estes ataques foram perpetrados num contexto de perturbação das eleições, antes, durante e após o escrutínio", declarou, no ultimo fim de semana, o representante especial das Nações Unidas e chefe da MINUSCA, Mankeur Ndiaye.
De acordo com uma declaração da ONU, apesar das tentativas dos grupos rebeldes de entraarem as eleições presidenciais e legislativas, quase dois milhões de Centro-africanos votaram a 27 de dezembro último.
Os resultados provisórios da primeira volta eram esperados segunda-feira, segundo a fonte.
Ndiaye declarou que, no quadro da resolução 2552, a MINUSCA tem um papel de segurança das eleições.
"Eu reafirmo a determinação da Missão a assumir este compromisso”, acrescentou.
Elementos armados, aliados ao ex-Presidente centro-africano, François Bozizé, atacaram sábado último de manhã a cidade de Damara, na prefeitura de Ombella-M’Poko, de acordo com a MINUSCA.
A intervenção das Forças Armadas Nacionais, denominadas FACA, repeliu os atacantes, e os "capacetes azuis" da ONU aumentaram as suas patrulhas no interior e em torno da cidade agredida.
Segundo o comunicado, foram encontrados corpos sem vida de oito combatentes armados.
Domingo último, no sudeste da prefeitura de Mbomou, decorreram ataques contra Bangassou por volta das cinco horas e 30 minutos (locais), revelou Ndiaye, segundo quem " foram disparados armas pesadas contra um posto militar das FACA".
"Soldados da MINUSCA intervieram imediatamente para proteger civis, garantir a segurança de autoridades locais e continuar patrulhas robustas », declarou a MINUSCA.
Garantiu que a força garante a segurança do campo de pessoas deslocadas.
Dois soldados feridos das FACA foram evacuados para Bria.
Apesar de a MINUSCA ter declarado que os disparos cessaram por volta das 10 horas locais, a situação na cidade permanece tensa.
Segundo o documento, os últimos ataques deveram-se à violência na parte ocidental do país, que obrigou civis a fugirem e humanitários a suspenderem a ajuda de que estes indivíduos indefesos precisam tanto.
"Todos os grupos armados serão responsabilizados pelos seus atos", declarou a Missão.
Além disso, a MINUSCA declarou responsabilizar anti-Balakas (maioritariamente cristãos) e o ex-Presidente Bozizé pelos ataques e pelas “graves consequências dos mesmos sobre a população.”
A missão reafirmou o seu compromisso resoluto, em conformidade com o seu mandato, de proteger civis e autoridades do país.
-0- PANA MA/BAI/IS/FK/DD 04janv2021