Agência Panafricana de Notícias

UA envia equipa médica para melhorar resposta ao Ébola na Guiné Conakry

Addis Abeba, Etiópia (PANA) - Uma equipa de trabalhadores de saúde da União Africana foi enviada à Guiné Conakry para intensificar a resposta ao vírus de Ébola, soube-se de fonte oficial.

A equipa que parte para a Guiné Conakry é composta por epidemiologistas cujo trabalho será estudar as tendências de transmissão e conceber estratégias para controlar a propagação.

Nela há igualmente médicos cujo trabalho será ajudar à gestão da doença nos centros de tratamentos na Guiné Conakry, onde se receia uma propagação exponencial.

A deslocação desta equipa à Guiné Conakry é o corolário duma declaração feita quarta-feira pela presidente da Comissão da UA (CUA), Nkosazana Dlamini-Zuma, segundo a qual "a UA está pronta para manter a sua promessa disponibilizar pelo menos dois mil trabalhadores médicos para responder à epidemia de Ébola na África Ocidental".

"Não podemos erradicar a epidemia sem trabalhadores de saúde", declarou Zuma, defendendo o fim do isolamento e da estigmatização dos trabalhadores da saúde que regressam aos seus país depois duma missão na África Ocidental onde impera o vírus de Ébola.

A UA dispõe de equipas médicas na Libéria, na Serra Leoa e na Guiné Conakry, os très países mais afetados pela epidemia. A última equipa que deve deixar o último país dispõe de 140 médicos e de outros especialistas médicos enviados ao mesmo país, em resposta ao vírus de Ébola, de acordo com a presidente da CUA.

"Apresentamos 100 trabalhadores da saúde como voluntários. Demos conta que as necessidades são muito maiores e precisamos de mais agentes da saúde", declarou Zuma.

Houve uma resposta esmagadora a um pedido da UA para mais trabalhadores da saúde feito aos países que se comprometem a enviar até mil e 506 trabalhadores médicos.

Uma equipa de 40 médicos deve deixar Addis Abeba (Etiópia) nesta quinta-feira para a Guiné Conakry com vista a ajudar na luta contra o vírus de Ébola.

Zuma declarou que a UA já estava mais preocupada pela epidemia de Ébola e fez tudo para dar a conhecer que nenhuma das suas equipas enviadas à região foi testada positiva a Ebola.

"Respeitamos o nosso compromisso, mas também nos apercebemos igualmente que as necessidades são maiores", declarou Zuma durante uma cerimónia para enviar a equipa médica à Guiné Conkary.

Zuma declarou que a ONU tinha por mandato mobilizar até um bilião de dólares americanos para a resposta à epidemia ao passo que a UA vai velar para que os trabalhadores da saúde no terreno ajudem a controlá-la.

A presidente da Comissão indicou que há esperança de vencer o vírus de Ébola, se todos os que forem envolvidos na resposta tomam igualmente precauções extremas para evitar qualquer contacto com a doença.

-0- PANA AO/VAO/MTA/IS/SOC/MAR/DD 06nov2014