PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Ruanda contesta nomeação de novo chefe da diplomacia francesa
Kigali, Ruanda (PANA) - A nomeação de Alain Juppé para o cargo de ministro francês dos Negócios Estrangeiros suscitou quinta-feira vivas contestações por parte das autoridades ruandesas que desprezam a "atitude arrogante" e a sua recusa de reconhecer a sua parte de responsabilidade no genocídio ruandês de 1994, relatou a imprensa local.
"Pensamos que, com progressos realizados na normalização das relações diplomáticas com França, o ministro Juppé devia manifestar um gesto como sendo uma personalidade responsável por tudo que se passou no Ruanda num passado recente", declarou à imprensa a ministra ruandesa dos Negócios Estrangeiros, Louise Mushikiwabo, aludindo ao genocídio dos Tutsi (tribo minoritária no Ruanda) de 1994.
A chefe da diplomacia ruandesa considerou que, a despeito da atitude desdenhosa que sempre caraterizou este responsável francês (Juppé), ele deveria ter enveredado pela mesma via (de reconciliação) aberta pelos seus antecessores.
Ela sublinhou que Juppé sempre teve opiniões negativas no tocante à retomada das relações diplomáticas entre o Ruanda e França.
Em 2008, um relatório da Comissão Independente do Ruanda encarregue de recolher provas da implicação de França no genocídio de 1994 evidenciou a responsabilidade de Juppé, então ministro dos Negócios Estrangeiros.
Contudo, o Ruanda estabeleceu relações diplomáticas com França em novembro de 2009 após dois anos de rutura devida a mandados de captura internacionais emitidos por um juiz anti-terrorista francês, Jean-Louis Brugière, contra nove responsáveis ruandeses.
Apesar deste clima de desanuviamento nos seus relacionamentos, o Ruanda acusa há muito tempo França de ter desempenhado um papel nocivo nas matanças de 1994, o que esta tem sempre desmentido.
O genocídio ruandês fez cerca de 800 mil mortos, maioritariamente Tutsi, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
-0- PANA TWA/AAS/IBA/DD 03março2011
"Pensamos que, com progressos realizados na normalização das relações diplomáticas com França, o ministro Juppé devia manifestar um gesto como sendo uma personalidade responsável por tudo que se passou no Ruanda num passado recente", declarou à imprensa a ministra ruandesa dos Negócios Estrangeiros, Louise Mushikiwabo, aludindo ao genocídio dos Tutsi (tribo minoritária no Ruanda) de 1994.
A chefe da diplomacia ruandesa considerou que, a despeito da atitude desdenhosa que sempre caraterizou este responsável francês (Juppé), ele deveria ter enveredado pela mesma via (de reconciliação) aberta pelos seus antecessores.
Ela sublinhou que Juppé sempre teve opiniões negativas no tocante à retomada das relações diplomáticas entre o Ruanda e França.
Em 2008, um relatório da Comissão Independente do Ruanda encarregue de recolher provas da implicação de França no genocídio de 1994 evidenciou a responsabilidade de Juppé, então ministro dos Negócios Estrangeiros.
Contudo, o Ruanda estabeleceu relações diplomáticas com França em novembro de 2009 após dois anos de rutura devida a mandados de captura internacionais emitidos por um juiz anti-terrorista francês, Jean-Louis Brugière, contra nove responsáveis ruandeses.
Apesar deste clima de desanuviamento nos seus relacionamentos, o Ruanda acusa há muito tempo França de ter desempenhado um papel nocivo nas matanças de 1994, o que esta tem sempre desmentido.
O genocídio ruandês fez cerca de 800 mil mortos, maioritariamente Tutsi, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
-0- PANA TWA/AAS/IBA/DD 03março2011