PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde esclarece mediação do conflito na Côte d’Ivoire
Praia, Cabo Verde (PANA) - O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse terça-feira, na Praia, que a nomeação do ex-chefe da diplomacia do arquipélago, José Brito, como alto representante da União Africana (UA) para a Côte d’Ivoire "apenas engaja a organização pan-africana".
"É uma questão da UA e Cabo Verde não apresentou qualquer candidatura ao cargo", disse o chefe do Executivo cabo-verdiano.
Neves declarou ainda que, como a nomeação de José Brito não tem o acordo das partes em conflito, ela "está sem efeito", mas insistiu que a questão “não é um assunto da diplomacia cabo-verdiana”.
A UA anunciara, a 25 de março passado, a nomeação de José Brito como alto representante seu na Côte d'Ivoire, com o mandato de “estabelecer pontes” entre Alassane Ouattara, Presidente eleito no escrutínio de novembro passado, e Laurent Gbagbo, chefe de Estado cessante e que se recusa a abandonar o poder.
No entanto, Ouattara fez saber publicamente que, dadas as “relações pessoais e políticas” de Brito com Gbagbo, não aceitava a nomeação, contrariamente ao Presidente cessante ivoiriense.
Em declarações à imprensa na cidade da Praia, José Brito, que cessara poucos dias antes as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros no Governo cabo-verdiano, garantiu que a sua nomeação para essa missão apenas lhe tinha sido transmita pela UA de forma oficiosa e não oficial, razão pela qual não avançaria com qualquer iniciativa.
Entretanto, o Governo de Cabo Verde associou-se oficialmente à UA e exigiu ao Presidente cessante da Côte d’Ivoire que cedesse o poder a Alassane Ouattara, no quadro de um cessar-fogo “imediato”.
Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago salienta que o Governo cabo-verdiano está a acompanhar de perto a situação política e militar na Côte d’Ivoire e exige a Laurent Gbagbo que entregue o poder ao Presidente ivoriense eleito.
A nota dá conta, por outro lado, que o Governo de Cabo Verde está a “ultimar esforços diplomáticos e operacionais” para permitir a saída dos cidadãos cabo-verdianos residentes na Côte d'Ivoire que manifestarem o desejo de deixar provisoriamente este país até à sua normalização.
-0- PANA CS/IZ 06abril2011
"É uma questão da UA e Cabo Verde não apresentou qualquer candidatura ao cargo", disse o chefe do Executivo cabo-verdiano.
Neves declarou ainda que, como a nomeação de José Brito não tem o acordo das partes em conflito, ela "está sem efeito", mas insistiu que a questão “não é um assunto da diplomacia cabo-verdiana”.
A UA anunciara, a 25 de março passado, a nomeação de José Brito como alto representante seu na Côte d'Ivoire, com o mandato de “estabelecer pontes” entre Alassane Ouattara, Presidente eleito no escrutínio de novembro passado, e Laurent Gbagbo, chefe de Estado cessante e que se recusa a abandonar o poder.
No entanto, Ouattara fez saber publicamente que, dadas as “relações pessoais e políticas” de Brito com Gbagbo, não aceitava a nomeação, contrariamente ao Presidente cessante ivoiriense.
Em declarações à imprensa na cidade da Praia, José Brito, que cessara poucos dias antes as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros no Governo cabo-verdiano, garantiu que a sua nomeação para essa missão apenas lhe tinha sido transmita pela UA de forma oficiosa e não oficial, razão pela qual não avançaria com qualquer iniciativa.
Entretanto, o Governo de Cabo Verde associou-se oficialmente à UA e exigiu ao Presidente cessante da Côte d’Ivoire que cedesse o poder a Alassane Ouattara, no quadro de um cessar-fogo “imediato”.
Num comunicado, o Ministério das Relações Exteriores (MIREX) do arquipélago salienta que o Governo cabo-verdiano está a acompanhar de perto a situação política e militar na Côte d’Ivoire e exige a Laurent Gbagbo que entregue o poder ao Presidente ivoriense eleito.
A nota dá conta, por outro lado, que o Governo de Cabo Verde está a “ultimar esforços diplomáticos e operacionais” para permitir a saída dos cidadãos cabo-verdianos residentes na Côte d'Ivoire que manifestarem o desejo de deixar provisoriamente este país até à sua normalização.
-0- PANA CS/IZ 06abril2011