PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
UA pede manutenção do apoio das Nações Unidas à Guiné-Bissau
Dakar- Senegal (PANA) -- O representante especial da União Africana (UA) na Guiné-Bissau, Sebastião da Silva Isata, apelou sexta-feira para que as Nações Unidas e outros parceiros não abandonem a Guiné- Bissau nos seus esforços de busca duma paz duradoura no país.
Sebastião Isata, diplomata angolano ao serviço da UA, falava perante o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, na sede desta organização em Nova Iorque (Estados Unidos), durante uma sessão dedicada à situação na Guiné-Bissau.
"Estamos hoje perante a escolha entre continuar o compromisso de ajudar o Governo e o povo da Guiné-Bissau, uma nação em desespero, e abandoná-lo a uma sorte desconhecida", alertou.
Ele disse acreditar que a experiência acumulada pelo CS ao longo dos seus 60 anos de existência combinada com a crescente mobilização de outros atores "oferece uma base rica e sólida" para se derivar "ideias inovadoras" no apoio aos esforços de paz na Guiné-Bissau.
No entender de Isata, o Conselho de Segurança é, mais uma vez, chamado a assumir a sua responsabilidade para a qual foi criada, nomeadamente a manutenção da paz e da segurança internacionais.
"É importante notar que o caminho que escolhermos constituirá a norma pela qual o futuro avaliará os nossos esforços", insistiu o diplomata na sua intervenção cuja cópia foi transmitida à PANA em Dakar.
O diplomata africano constatou que, apesar das dificuldades que atravessa, a Guiné-Bissau já mostrou "sinais encorajadores" no sentido da implementação das decisões e recomendações da UA e doutros entes relevantes da comunidade internacional.
Entre estes sinais destacou o compromisso assumido, em Outubro passado, pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, e pelo seu primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior para "pôr fim às suas diferenças" bem como a aceitação do desdobramento, no país, de uma missão internacional de estabilização.
Esta missão é da iniciativa conjunta da UA e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "com o mandato de construir a paz e a estabilidade bem como a reconstrução e o desenvolvimento pós-conflitos", explicou.
Outro sinal positivo por ele apontado é a aceitação das propostas da UA para criminalizar o narcotráfico e criar uma Comissão da Verdade e Reconciliação Nacional com vista a uma "genuína reconciliação da nação guineense".
A Comissão da Verdade e Reconciliação Nacional, explicou, visa reparar moralmente os danos causados às famílias das vítimas dos vários crimes ocorridos nos últimos anos no país, não devendo porém ser vista como "uma substituição às medidas legais em curso".
Na ocasião, Sebastião Isata reafirmou a prontidão e o compromisso da UA de prosseguir esforços no terreno, em estreita colaboração com as Nações Unidas e outros parceiros internacionais.
Ele lembrou que, para ajudar a fortalecer esses esforços visando restaurar a normalidade constitucional no país, a UA decidiu abrir uma representação permanente em Bissau como primeiro passo para o desdobramento da missão conjunta de estabilização UA-CEDEAO.
Sebastião Isata, diplomata angolano ao serviço da UA, falava perante o Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas, na sede desta organização em Nova Iorque (Estados Unidos), durante uma sessão dedicada à situação na Guiné-Bissau.
"Estamos hoje perante a escolha entre continuar o compromisso de ajudar o Governo e o povo da Guiné-Bissau, uma nação em desespero, e abandoná-lo a uma sorte desconhecida", alertou.
Ele disse acreditar que a experiência acumulada pelo CS ao longo dos seus 60 anos de existência combinada com a crescente mobilização de outros atores "oferece uma base rica e sólida" para se derivar "ideias inovadoras" no apoio aos esforços de paz na Guiné-Bissau.
No entender de Isata, o Conselho de Segurança é, mais uma vez, chamado a assumir a sua responsabilidade para a qual foi criada, nomeadamente a manutenção da paz e da segurança internacionais.
"É importante notar que o caminho que escolhermos constituirá a norma pela qual o futuro avaliará os nossos esforços", insistiu o diplomata na sua intervenção cuja cópia foi transmitida à PANA em Dakar.
O diplomata africano constatou que, apesar das dificuldades que atravessa, a Guiné-Bissau já mostrou "sinais encorajadores" no sentido da implementação das decisões e recomendações da UA e doutros entes relevantes da comunidade internacional.
Entre estes sinais destacou o compromisso assumido, em Outubro passado, pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, e pelo seu primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior para "pôr fim às suas diferenças" bem como a aceitação do desdobramento, no país, de uma missão internacional de estabilização.
Esta missão é da iniciativa conjunta da UA e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) "com o mandato de construir a paz e a estabilidade bem como a reconstrução e o desenvolvimento pós-conflitos", explicou.
Outro sinal positivo por ele apontado é a aceitação das propostas da UA para criminalizar o narcotráfico e criar uma Comissão da Verdade e Reconciliação Nacional com vista a uma "genuína reconciliação da nação guineense".
A Comissão da Verdade e Reconciliação Nacional, explicou, visa reparar moralmente os danos causados às famílias das vítimas dos vários crimes ocorridos nos últimos anos no país, não devendo porém ser vista como "uma substituição às medidas legais em curso".
Na ocasião, Sebastião Isata reafirmou a prontidão e o compromisso da UA de prosseguir esforços no terreno, em estreita colaboração com as Nações Unidas e outros parceiros internacionais.
Ele lembrou que, para ajudar a fortalecer esses esforços visando restaurar a normalidade constitucional no país, a UA decidiu abrir uma representação permanente em Bissau como primeiro passo para o desdobramento da missão conjunta de estabilização UA-CEDEAO.