Presidente sul-africano denuncia violência contra mulheres
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, qualificou esta sexta-feira a violência contra as mulheres de "crise nacional" e a “pior forma de profanação da Constituição e da sua promessa de igualdade dos sexos”.
Num discurso pronunciado por ocasião do Dia da Mulher, na cidade de Vryburg, Ramaphosa declarou que o fenómeno parece desafiar os esforços do Governo para combater os abusos sexuais contra as mulheres.
A festa nacional anual marca o aniversário da marcha histórica de 1956, quando 20 mil mulheres se dirigiram ao edifício da União, em Pretória, para protestar contra uma legislação que visava reforçar o controlo do Governo de Apartheid sobre o movimento das mulheres negras nas zonas urbanas, lembre-se.
"Apesar de todos os nossos esforços, as nossas leis e as nossas políticas progressistas, as mulheres e as meninas deste país vivem com medo. Nas ruas, nas escolas e nas universidades, nas igrejas e nos lugares de culto e, pior ainda, nas suas casas. Devemos reconhecer aqui, como no passado, a persistência obstinada do patriarcado que leva os homens a considerar-se superiores às suas mães, às suas mulheres e às suas filhas”, declarou Ramaphosa.
Também a Aliança Democrática, partido da oposição oficial (AD), sublinhou que, após 25 anos de democracia, as mulheres continuam as mais afetadas pela pobreza, pela violência e pelos abusos.
Por isso, as celebrações do Dia da Mulher organizadas pelo partido, em todo o país, estão consagradas à luta contra a violência sexista e a uma melhoria das atividades de manutenção da ordem para garantir a eliminação dos crimes violentos contra as mulheres, indicou o líder da AD, Maimane.
-0- PANA CU/VAO/AKA/IS/FK/IZ 09ago2019