Manu Dibango morreu em Paris vítima de Covid-19
Paris, França (PANA) - O célebre saxofonista camaronês Manu Dibango, considerado o pai da World Music, morreu esta terça-feira, em Paris, na sequência de uma infeção pelo novo coronavírus (Covid-19), anunciou fonte familiar.
Manu Dibango, 86 anos, de seu verdadeiro nome Emmanuel N'Djoké Dibango, também conhecido por "Avô do Groove", nascido em Doualá, nos Camarões, mudou-se para França aos 16 anos de idade, para prosseguir os seus estudos e ser engenheiro ou médico, de acordo com o desejo do seu pai.
Ele fez toda a sua carreira musical após um regresso de quatro anos a África.
Depois de várias experiências musicais e sua transição do piano para o saxofone, lançou o seu álbum Soul Makossa, em 1973, que se tornou num sucesso mundial, catapultando-o para o palco e abrindo as portas para a América.
Já em território americano, realizou o um concerto no Estádio Yankee e no mítico Apollo de Harlem, antes de intentar ações por plágio contra Mickael Jackson e Rihanna que ele ganhou.
No decurso da sua carreira, que começou nos anos 50, Manu Dibango trabalhou com alguns dos maiores artistas desde o seu compatriota Francis Bebey, o congolês Joseph Kasabélé, o senegalês Youssouf Ndour, até a beninense Angélique Kidjo e estrelas do rock como Peter Gabriel e Sting,
Tocou ainda os célebres cantores franceses Dick Rivers, Serge Gainsbourg e Nino Ferrer.
O artista camaronês, decano da música africana que deixou vários álbuns e músicas de filmes, recebeu vários prémios, incluindo a sua nomeação como o artista do século, nos Camarões, em 2000, Comandante das Artes e Letras e Cavaleiro da Legião de Honra em França, artista da Paz da UNESCO, Medalha Vermeil da Cidade de Paris, entre outros títulos.
-0- PANA BM/DIM/IZ 24março2020