Comité de luta contra violência feita a mulheres criado nas Ilhas Maurícias
Port Louis, ilhas Maurícias(PANA) - Um comité de alto nível foi criado no gabinete do primeiro-minitro maurício, Pravind Kumar Jugnauth, contra a violência feita às mulheres, soube a PANA de fonte oficial no local.
Falando no Dia Internacional para a eliminação da violência contra a mulher, comemorado a 25 de novembro de cada ano, Jugnauth enfatizou que a missão desta nova estrutura é abordar o fenómeno, identificar as causas e rever estratégias existentes.
O chefe do Governo maurício afirmou ainda que a violência contra as mulheres constitui uma violação dos direitos humanos.
Instou todos os Maurícios a continuarem empenhados na nobre causa da luta contra este flagelo.
"A luta contra a violência feita ás mulheres não é da responsabilidade exclusiva do Governo ou de Organizações Não Governamentais (ONG), mas é um assunto de todos, incluindo a sociedade civil", acrescentou.
É preciso agir, segundo o primeiro-ministro maurício, a favor das vítimas da violência de gênero e contra seus autores, já que "estes autores da violência de gênero são pacientes que precisam de tratamentos e que também precisam de perceber que os seus atos são equivalentes à barbárie".
Do seu lado, a ministra maurícias da igualdade entre os Géneros, Kalpana Koonjoo-Shah, declarou que a violência contra mulheres e raparigas é hoje uma das mais persistentes e devastadoras violações dos direitos humanos.
"Essas violações não são, na maioria dos casos, denunciadas devido à impunidade, ao silêncio imposto, ao estigma e à vergonha que muitas vezes resultam delas", lamentou a governante.
Instou as mulheres a demonstrarem a sua coragem e denunciarem todos os casos de violência cometidos contra elas.
Segundo Konjoo-Shah, desde janeiro de 2019 até ao momento, cerca de mil 495 casos de violência contra as mulheres foram relatados no país
"Um único caso de violência envolvendo uma mulher já é demais", indignou-se.
-0- PANA NA/AR/BAI/DIM/DD 25novembro 2019