Praia, Cabo Verde (PANA) - O Presidente e o Governo de Cabo Verde justificaram, quarta-feira, a a sua ausência da Cimeira Rússia/África como um "sinal de protesto contra a guerra na Ucrânia, resultante da invasão russa, apurou a PANA de fonte segura.
À margem de um evento em Santa Catarina, na ilha de Santiago, o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, sublinhou que "o país é de paz e defende a soberania dos Estados."
Reiterou que a sua ausência desta reunião, que decorre esta semana em São Petersburgo (Rússia), é "um sinal de protesto contra esta situação difícil por que passa a humanidade, sobretudo por causa desta guerra na Ucrânia."
Afirmou que Cabo Verde é um país de paz e que quer que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica, de forma negociada.
"Respeitamos a integridade territorial dos países e achamos que esta guerra não faz sentido [...], e que devemos criar todas as condições para que haja diálogo entre as partes, e que haja uma solução negociada para este conflito", disse.
José Maria Neves lembrou que, desde o primeiro momento (isto é, em fevereiro de 2022), "o país condenou de forma veemente a invasão da Ucrânia pela Rússia."
Também o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, justificou a ausência do país da cimeira para não ter nenhuma ação que possa ser interpretada como apoio à invasão da Rússia à Ucrânia.
-0- PANA SC/DD 27julho2023