PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano defende reflexão para debelar desnutrição e pobreza
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, advogou quinta-feira uma “profunda reflexão e análise” sobre como reconstruir “um mundo e um Cabo Verde” livres do espectro da desnutrição e da pobreza.
Numa mensagem à nação, Jorge Carlos Fonseca considera que não se pode estar satisfeito com um mundo composto por regiões onde “impera o desperdício de alimentos” e onde “reinam a fome e a desnutrição”, resultantes, segundo ele, de “situações muitas vezes impostas por uma lógica comercial” em “colisão com valores universais como o humanismo e a solidariedade”.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, “não deverá ser aceite nem tolerável” que 805 milhões de pessoas passem fome e que 66 milhões de crianças em idade escolar não tenham acesso à alimentação em quantidade e qualidade suficientes, num mundo que produz “o suficiente para alimentar todos os habitantes do planeta” e que possui recursos “acima do que é necessário para erradicar” a pobreza.
No caso de Cabo Verde, ele afirmou que 10 porcento da população estimada em 523 mil e 568 habitantes (censo de 2012) tem problemas de acesso regular e de forma estável a produtos alimentares e, consequentemente, sofrem de desnutrição.
Considerou necessário encontrar-se formas de conceber e executar políticas mais ajustadas às condições das famílias afetadas pela pobreza e pela fome no arquipélago cabo-verdiano.
Para o Presidente cabo-verdiano, esta é a “condição indispensável” para a construção de um “país justo”, onde haja lugar para todos, sendo que isso implica “colocar as famílias no epicentro das políticas sociais, económicas e de desenvolvimento”.
A seu ver, as famílias são “a base” da sociedade e as destinatárias das medidas de política que promovem o bem-estar.
“Para vencer a pobreza, a fome e a desnutrição no nosso país, pressupõe-se fazer chegar os ganhos da modernização da nossa agricultura, em primeira mão, a bairros degradados, a comunidades isoladas, a famílias carenciadas, dispersas por estas ilhas”, precisou.
No seu entender, isso implicaria a introdução de melhorias substanciais no circuito de distribuição, comercialização de produtos agrícolas, transporte intra e inter-ilhas bem como nas parcerias entre o setor público e privado.
O chefe de Estado cabo-verdiano admite também que é preciso ainda não descurar a eventualidade de subvenção de preços de alguns produtos alimentares, permitindo assim que frescos e outros géneros de primeira necessidade ficassem ao alcance do poder de compra das famílias das comunidades isoladas e mais carenciadas.
Segundo ele, a garantia da disponibilidade do acesso e da estabilidade de abastecimento de produtos alimentares em qualidade e em quantidade suficientes, é possível com a execução de tais medidas, bem como o acesso a uma educação nutricional adequada de forma a permitir obter ganhos consideráveis na luta contra os três flagelos.
Apelou no sentido de haver “mais e melhor investimento” na modernização do setor agrícola, na melhoria do acesso ao crédito, na diversificação da oferta de formação profissional para jovens, mais também para que os Cabo-verdianos sejam mais solidários, disponibilizando um pouco de tempo e de recursos, “para o bem dos concidadãos que vivem em condições sociais por vezes infra-humanas”.
-0- PANA CS/DD 17out2014
Numa mensagem à nação, Jorge Carlos Fonseca considera que não se pode estar satisfeito com um mundo composto por regiões onde “impera o desperdício de alimentos” e onde “reinam a fome e a desnutrição”, resultantes, segundo ele, de “situações muitas vezes impostas por uma lógica comercial” em “colisão com valores universais como o humanismo e a solidariedade”.
Para o chefe de Estado cabo-verdiano, “não deverá ser aceite nem tolerável” que 805 milhões de pessoas passem fome e que 66 milhões de crianças em idade escolar não tenham acesso à alimentação em quantidade e qualidade suficientes, num mundo que produz “o suficiente para alimentar todos os habitantes do planeta” e que possui recursos “acima do que é necessário para erradicar” a pobreza.
No caso de Cabo Verde, ele afirmou que 10 porcento da população estimada em 523 mil e 568 habitantes (censo de 2012) tem problemas de acesso regular e de forma estável a produtos alimentares e, consequentemente, sofrem de desnutrição.
Considerou necessário encontrar-se formas de conceber e executar políticas mais ajustadas às condições das famílias afetadas pela pobreza e pela fome no arquipélago cabo-verdiano.
Para o Presidente cabo-verdiano, esta é a “condição indispensável” para a construção de um “país justo”, onde haja lugar para todos, sendo que isso implica “colocar as famílias no epicentro das políticas sociais, económicas e de desenvolvimento”.
A seu ver, as famílias são “a base” da sociedade e as destinatárias das medidas de política que promovem o bem-estar.
“Para vencer a pobreza, a fome e a desnutrição no nosso país, pressupõe-se fazer chegar os ganhos da modernização da nossa agricultura, em primeira mão, a bairros degradados, a comunidades isoladas, a famílias carenciadas, dispersas por estas ilhas”, precisou.
No seu entender, isso implicaria a introdução de melhorias substanciais no circuito de distribuição, comercialização de produtos agrícolas, transporte intra e inter-ilhas bem como nas parcerias entre o setor público e privado.
O chefe de Estado cabo-verdiano admite também que é preciso ainda não descurar a eventualidade de subvenção de preços de alguns produtos alimentares, permitindo assim que frescos e outros géneros de primeira necessidade ficassem ao alcance do poder de compra das famílias das comunidades isoladas e mais carenciadas.
Segundo ele, a garantia da disponibilidade do acesso e da estabilidade de abastecimento de produtos alimentares em qualidade e em quantidade suficientes, é possível com a execução de tais medidas, bem como o acesso a uma educação nutricional adequada de forma a permitir obter ganhos consideráveis na luta contra os três flagelos.
Apelou no sentido de haver “mais e melhor investimento” na modernização do setor agrícola, na melhoria do acesso ao crédito, na diversificação da oferta de formação profissional para jovens, mais também para que os Cabo-verdianos sejam mais solidários, disponibilizando um pouco de tempo e de recursos, “para o bem dos concidadãos que vivem em condições sociais por vezes infra-humanas”.
-0- PANA CS/DD 17out2014