PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
União Africana pede suspensão da proclamação de resultados eleitorais na RDC
Luanda, Angola (PANA) - A União Africana (UA) pediu a suspensão da proclamação dos resultados definitivos das eleições presidenciais de 30 de dezembro último, na República Democrática do Congo (RDC), devido a "sérias dúvidas sobre a conformidade dos resultados provisórios com o veredito das urnas".
A decisão foi tomada no termo de uma reunião de emergência realizada quinta-feira, em Addis Abeba, com a presença de chefes de Estado e de Governo dos países-membros das diferentes organizações regionais do continente, incluindo a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Presentes no encontro da capital etíope e sede da organização continental estiveram também os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).
A RDC esteve representada na reunião pelo seu vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, que fez um resumo da atual situação no país.
No seu comunicado final, os líderes africanos afirmam ter concluído que existem "sérias dúvidas sobre a conformidade dos resultados provisórios" das eleições presidenciais, tal como anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), dando vitória a Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo em detrimento de Martin Fayulu Madidi e Emmanuel Shadary.
Orientada pelo presidente em exercício da UA e chefe de Estado do Rwanda, Paul Kagame, a reunião decidiu, por isso, despachar para a RDC "uma delegação de alto nível" da organização pana-africana para "interagir com todos os atores congoleses para chegar a um consenso
sobre como sair da crise pós-eleitoral no país".
A delegação será integrada pelo presidente da UA e outros chefes de Estado e de Governo bem como pelo presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat.
A reunião de Addis Abeba é descrita no comunicado como uma iniciativa inserida no quadro dos esforços de África e no espírito da solidariedade continental para ajudar os atores políticos e o povo da RDC a concluir com êxito o processo eleitoral e preservar a paz e a estabilidade no país.
Os atores congoleses foram convidados a "interagir positivamente" com a delegação africana de alto nível no interesse do seu país e povo.
Segundo os resultados publicados pela CENI, o opositor Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente do também opositor Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e do candidato governamental Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84).
A taxa de participação foi estimada em 47,56 porcento, mas Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar dos resultados da CENI, afirmando que ele venceu as eleições presidenciais com 61 porcento dos votos.
-0- PANA IZ 18jan2018
A decisão foi tomada no termo de uma reunião de emergência realizada quinta-feira, em Addis Abeba, com a presença de chefes de Estado e de Governo dos países-membros das diferentes organizações regionais do continente, incluindo a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e a Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
Presentes no encontro da capital etíope e sede da organização continental estiveram também os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) e da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD).
A RDC esteve representada na reunião pelo seu vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, que fez um resumo da atual situação no país.
No seu comunicado final, os líderes africanos afirmam ter concluído que existem "sérias dúvidas sobre a conformidade dos resultados provisórios" das eleições presidenciais, tal como anunciados pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), dando vitória a Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo em detrimento de Martin Fayulu Madidi e Emmanuel Shadary.
Orientada pelo presidente em exercício da UA e chefe de Estado do Rwanda, Paul Kagame, a reunião decidiu, por isso, despachar para a RDC "uma delegação de alto nível" da organização pana-africana para "interagir com todos os atores congoleses para chegar a um consenso
sobre como sair da crise pós-eleitoral no país".
A delegação será integrada pelo presidente da UA e outros chefes de Estado e de Governo bem como pelo presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat.
A reunião de Addis Abeba é descrita no comunicado como uma iniciativa inserida no quadro dos esforços de África e no espírito da solidariedade continental para ajudar os atores políticos e o povo da RDC a concluir com êxito o processo eleitoral e preservar a paz e a estabilidade no país.
Os atores congoleses foram convidados a "interagir positivamente" com a delegação africana de alto nível no interesse do seu país e povo.
Segundo os resultados publicados pela CENI, o opositor Félix-Antoine Tshisekedi Tshilombo venceu o escrutínio com sete milhões, 51 mil e 13 votos (38,57%), à frente do também opositor Martin Fayulu Madidi com seis milhões, 366 mil e 732 votos (34,83%) e do candidato governamental Emmanuel Shadary com quatro milhões, 357mil e 359 votos (23,84).
A taxa de participação foi estimada em 47,56 porcento, mas Martin Fayulu Madidi interpôs recurso no Tribunal Constitucional por discordar dos resultados da CENI, afirmando que ele venceu as eleições presidenciais com 61 porcento dos votos.
-0- PANA IZ 18jan2018