Rwanda investiga sobre queixas de "uso excessivo da força" por parte da polícia
Kigali, Rwanda (PANA) - Uma investigação sobre alegações de abusos de aplicação da lei por agentes da polícia decorrer desde segunda-feira última no Rwanda, anunciaram autoridades rwandesas.
A decisão foi tomada após vários prisioneiros terem sido mortos em esquadras policiais em todo o país, quando tentavam escapar ao controlo policial, disseram as mesmas fontes.
Na sequência destes homicídios repetidos, o ministro rwandês da Justiça, Johnston Busingye, condenou o uso excessivo da força letal, sublinhando que isso não faz parte das normas operacionais da Polícia Nacional do Rwanda.
"Os elementos (do pessoal policial), que não cumprirem as directrizes operacionais e usarem uma força excessiva, mesmo que sejam poucos, não poderão participar no Programa de Parceria, Cooperação e Confiança entre a Polícia e o público", advertiu.
No início da semana última, um polícia matou um suspeito que estava detido na esquadra de Kimisagara, alegadamente por tentativa de fuga através da ravina Mpazi, o que levou o agente a disparar.
O jovem rapaz pediu autorização para ir à casa de banho, mas terá saltado para um canal de drenagem que desagua no rio Nyabugogo, segundo a fonte.
Este incidente segue-se a um outro ocorrido domingo último, 30 de agosto, no setor de Zaza, distrito de Ngoma, na província de Orientale.
Trata-se de um polícia que matou um recluso, identificado como Evariste Nsengiyumva, que alegadamente tentou lutar contra as forças da ordem quando elas estavam a fazer aplicar medidas contra o novo coronavírus.
-0- PANA TWA/RA/NFB/JSG/SOC/DIM/DD 09set2020
