PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Presidente cabo-verdiano considera prematuro Governo continental
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Presidente cabo-verdiano, Pedro Pires, considerou sexta-feira ser “prematura” a criação de um Governo continental africano visando a criação dos Estados Unidos da África.
Pedro Pires disse que a criação de uma entidade panafricana desta natureza é um processo que deve ser construído de baixo para cima, defendendo primeiro a consolidação dos Estados soberanos, fazendo deles “Estados eficazes, sólidos e capazes de estimular, orientar e promover o desenvolvimento institucional, económico, financeiro e cultural”.
Afirmou que depois da consolidação dos Estados deve-se dar prioridade à consolidação das comunidades económicas regionais e, futuramente, se poderá pensar numa entidade maior de coordenação a nível continental.
O chefe de Estado cabo-verdiano é de opinião que, nestas questões, os dirigentes africanos têm de ser “prudentes” e “realistas”.
“Nós temos um continente enorme do ponto de vista territorial.
Portanto, como governar tudo isto numa só entidade?” - questionou Pedro Pires, para quem também se deve ter em conta a enorme diversidade cultural e institucional antes de se adoptarem políticas de convergência.
Contudo, o Presidente cabo-verdiano considera que existem áreas em que a cooperação panafricana poderá ser aprofundada, como por exemplo, o sector financeiro onde todos o Estados africanos podiam contribuir para reforçar as capacidades do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
No termo da XII Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que decorreu no início de Fevereiro em Adis Abeba (Etiópia), os lideres africanos decidiram remeter o projecto da criação da Autoridade da União Africana para um melhor estudo e reflexão no que toca as suas implicações.
Questões como a quantificação dos limites das soberanias estaduais, a definição da natureza jurídica da nova entidade africana (se se trata de uma União ou Federação de Estados), o número de pastas que a compõe e as implicações jurídico-financeiras determinaram o adiamento da corrente imediatista de institucionalizar, já nessa cimeira, os Estados Unidos de África, com um Governo à dimensão do continente negro.
De acordo com a posição de alguns países, como Angola, a proposta de transformação imediata da actual Comissão em Autoridade da União Africana contende com algumas disposições do Acto Constitutivo da organização.
Pedro Pires disse que a criação de uma entidade panafricana desta natureza é um processo que deve ser construído de baixo para cima, defendendo primeiro a consolidação dos Estados soberanos, fazendo deles “Estados eficazes, sólidos e capazes de estimular, orientar e promover o desenvolvimento institucional, económico, financeiro e cultural”.
Afirmou que depois da consolidação dos Estados deve-se dar prioridade à consolidação das comunidades económicas regionais e, futuramente, se poderá pensar numa entidade maior de coordenação a nível continental.
O chefe de Estado cabo-verdiano é de opinião que, nestas questões, os dirigentes africanos têm de ser “prudentes” e “realistas”.
“Nós temos um continente enorme do ponto de vista territorial.
Portanto, como governar tudo isto numa só entidade?” - questionou Pedro Pires, para quem também se deve ter em conta a enorme diversidade cultural e institucional antes de se adoptarem políticas de convergência.
Contudo, o Presidente cabo-verdiano considera que existem áreas em que a cooperação panafricana poderá ser aprofundada, como por exemplo, o sector financeiro onde todos o Estados africanos podiam contribuir para reforçar as capacidades do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
No termo da XII Cimeira Ordinária dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), que decorreu no início de Fevereiro em Adis Abeba (Etiópia), os lideres africanos decidiram remeter o projecto da criação da Autoridade da União Africana para um melhor estudo e reflexão no que toca as suas implicações.
Questões como a quantificação dos limites das soberanias estaduais, a definição da natureza jurídica da nova entidade africana (se se trata de uma União ou Federação de Estados), o número de pastas que a compõe e as implicações jurídico-financeiras determinaram o adiamento da corrente imediatista de institucionalizar, já nessa cimeira, os Estados Unidos de África, com um Governo à dimensão do continente negro.
De acordo com a posição de alguns países, como Angola, a proposta de transformação imediata da actual Comissão em Autoridade da União Africana contende com algumas disposições do Acto Constitutivo da organização.